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O presidente russo, Vladimir Putin, pediu na quinta-feira que os países da Europa central e oriental pertencentes à União Européia sigam as regras do jogo para evitar tensões com Moscou.

O Kremlin tem atritos com a UE por causa de Kosovo, das relações com alguns ex-vizinhos comunistas da Rússia e do acesso ao setor energético do país. Putin também se opõe aos planos dos EUA para um escudo antimísseis que terá partes instaladas na Polônia e na República Checa.

"Sim, na nossa cooperação há problemas e questões difíceis, mas estamos tentando resolvê-los juntos. Isso é perfeitamente normal. O volume da nossa cooperação está aumentando", disse Putin em entrevista coletiva após reunião com o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker.

"Infelizmente, alguns países transpuseram seus problemas bilaterais com a Rússia para o nível europeu. Os países da Europa central e oriental deveriam jogar de acordo com as regras comuns", afirmou.

A visita de sete horas a Luxemburgo foi marcada pela assinatura formal de uma parceria energética entre as empresas Gazprom e Soteg e de um acordo bancário entre os dois países.

Na quarta-feira, Putin esteve na Áustria, em uma visita que segundo observadores do Kremlin serve para indicar que o líder russo ainda consegue manter relações individuais com membros do bloco, depois da tensa cúpula da semana passada entre Rússia e UE.

No caso da província sérvia de Kosovo, Moscou ameaça vetar um plano da ONU para a independência da região. Outro ponto de atrito é a proibição à importação de carne polonesa na Rússia.

Já os líderes europeus dizem continuar pressionando Putin a respeito dos direitos humanos na Rússia, que por sua vez é vital como fornecedora de energia para a economia européia.

Juncker admitiu que permanecem "divergências de visões" a respeito de direitos humanos e de algumas questões internacionais, mas destacou pontos em comum, como o apoio da UE à adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento na Europa (OCDE).

Putin minimizou as preocupações com os direitos humanos e a democracia na Rússia e argumentou que os países europeus também cometem erros no trato a imigrantes. "A melhor forma de discutir com a Rússia é tendo respeito mútuo", afirmou.

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