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Acordo

Putin tira tropas da fronteira ucraniana

Governo alemão confirmou decisão da Rússia de reduzir a presença militar no leste da Ucrânia, um dos motivos da tensão entre os dois países

Soldado russo ao lado do tanque T-72B, próximo da estação de trens em Gvardeiskoye, perto de Simferopol, uma das cidades mais importantes da península da Crimeia | Yannis Behrakis/Reuters
Soldado russo ao lado do tanque T-72B, próximo da estação de trens em Gvardeiskoye, perto de Simferopol, uma das cidades mais importantes da península da Crimeia (Foto: Yannis Behrakis/Reuters)

A Rússia informou ontem que começou a retirar suas tropas da fronteira com a Ucrânia, um dia depois da reunião com o Estados Unidos para discutir uma solução à crise na região.

A informação foi confirmada pelo Ministério de De­­fe­­sa da Ucrânia e pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin.

A presença militar russa perto do leste da Ucrânia é um dos principais focos da tensão com ucranianos nas últimas semanas, principalmente após a anexação, não reconhecida por Kiev, da península da Crimeia por Moscou.

Em nota, o Kremlin disse que Putin sublinhou para Merkel a defesa de uma reforma constitucional na Ucrânia que defenderia os interesses da população de origem russa que vive no país.

O discurso é o mesmo adotado no fim de semana por seu ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em reunião em Paris com o secretário de Estado americano, John Kerry.

Aos EUA, a Rússia disse que aceita dialogar com Kiev desde que se ponha à mesa a possibilidade de uma reforma que envolva, por exemplo, a federalização do país, o que daria mais autonomia às regiões com forte presença de russos.

A proposta seria levada ainda esta semana pelo governo americano à Ucrânia.

Ontem, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, esteve na Cri­­meia. Foi a primeira visita da comitiva ao local desde a anexação da região, no dia 18 de março.

A visita serviu, segundo os dirigentes, para discutir medidas econômicas e sociais após a incorporação da península ao território russo – entre elas, um plano escalonado para subir os salários dos funcionários públicos locais até igualá-los aos dos trabalhadores de Moscou.

Medvedev anunciou ainda a ideia de criar uma zona econômica especial para atrair investimentos à região. Sua visita foi criticada pelo governo da Ucrânia.

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