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O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Il, anunciou que pode retomar as conversas multilaterais sobre o desarmamento do país. Além disso, ele renovou seu pedido por conversas diretas com os Estados Unidos. A oferta de Pyongyang foi divulgada nesta terça-feira (6) pela mídia estatal norte-coreana. Ela reflete o desejo da nação por negociações diretas com Washington. A administração do presidente Barack Obama afirma que isso pode ocorrer, mas que essas conversas não devem se sobrepor às negociações pelo fim do programa nuclear norte-coreano.

Kim disse ao primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que a Coreia do Norte "deseja comparecer às conversas multilaterais, incluindo as em seis partes (sobre o programa nuclear), dependendo do progresso de suas conversas com os Estados Unidos" afirmou a agência estatal Xinhua.

"Kim Jong Il quer mostrar por meio das conversas bilaterais com os norte-americanos que seu país é um parceiro equivalente aos Estados Unidos, e que isso fortalecerá sua posição antes do retorno do diálogo em seis partes", avaliou o analista Lee Sang-hyun, do Instituto Sejong, um centro de estudos sul-coreano.

Os comentários de Kim são a indicação mais clara até o momento de que Pyongyang pode retornar às discussões sobre seu programa nuclear. O país se retirou da mesa de negociações após realizar um teste de foguete em abril e um segundo teste nuclear em maio. Anteriormente, o regime norte-coreano chegou a dizer que nunca retomaria as negociações multinacionais.

A agência sul-coreana Yonhap informou hoje que as autoridades acreditam que a Coreia do Norte está no estágio final para restaurar seu programa nuclear. O país chegou a se comprometer com o fim desse programa em 2007. Nas últimas semanas, Pyongyang tem moderado suas declarações, sinalizando seu desejo de retomar o diálogo.

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