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Exercícios de guerra realizados pelo exército norte-coreano, em imagem oficial do governo | KCNA/Reuters
Exercícios de guerra realizados pelo exército norte-coreano, em imagem oficial do governo| Foto: KCNA/Reuters

Resposta

"Retórica belicosa é tendência esgotada", afirma o Pentágono

Agência Estado

O secretário de imprensa do Pentágono, George Little, disse que a ameaça vai apenas isolar a Coreia do Norte ainda mais e que a "retórica belicosa do país e suas ameaças são tendências esgotadas desenhadas para elevar as tensões e intimidar outros", afirmou Little.

As ameaças norte-coreanas vão vistas em parte como esforços para fortalecer a lealdade interna ao jovem líder Kim Jong Un e, desta forma, formar suas credenciais militares.

Kim "precisa mostrar que tem coragem. A melhor forma de fazer isso é usar o poderia militar que ele comanda", declarou Lee Yoon-gyu, especialista em Defesa Nacional Coreana da Universidade de Seul. "Isto abre caminho para um maior louvor a ele se a Coreia do Norte fizer uma provocação mais tarde e aclamar vitória".

Eventualmente, Kim será compelido a fazer "alvo provocativo para provar que as ameaças não eram vazias", disse Lee.

O Exército da Coreia do Norte avisou ontem que forças de artilharia e foguetes estão na mais alta posição de combate. Trata-se da mais recente ameaça do país, cujo alvo é a Coreia do Sul e os Estados Unidos. O anúncio marca o terceiro aniversário do afundamento de um navio de guerra no qual 46 marinheiros da Coreia do Sul morreram. Seul afirmou que o navio foi atingido por um torpedo da Coreia do Norte, que por sua vez negou o envolvimento.

O Ministério da Defesa de Seul disse que não percebeu qualquer atividade militar suspeita na vizinha Coreia do Norte e que as autoridades vão analisar a advertência. Analistas dizem que um ataque direto norte-coreano é extremamente improvável, especialmente durante os exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Norte, que terminam em 30 de abril, embora haja alguma preocupação sobre a provocação após o final dos treinamentos.

As duas Coreias já registraram vários confrontos navais sangrentos nas disputadas águas do Mar Amarelo desde 1999. Em novembro de 2010, a artilharia norte-coreana atacou uma ilha sul-coreana e matou dois fuzileiros navais e dois civis. Um suposto torpedo norte-coreano afundou um navio de guerra sul-coreano no início do mesmo ano, matando 46 marinheiros sul-coreanos. Pyongyang nega ter afundado o navio.

A Coreia do Norte está irritada com os exercícios de guerra realizados por Seul e Washington e com a intensificação das sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) por causa de seu teste nuclear de 12 de fevereiro. O país prometeu lançar um ataque nuclear contra os EUA e repetiu sua ameaça de reduzir o armistício que encerrou a Guerra da Coreia a um "cessar-fogo".

Retórica

Apesar da retórica, analistas externos não enxergam qualquer prova de que a Coreia do Norte tenha a tecnologia necessária para construir uma ogiva pequena o suficiente para ser colocado num míssil.

O Comando Supremo do Exército norte-coreano disse ontem que tomará "ações militares práticas" para proteger a soberania nacional e sua liderança.

Ainda ontem, o Pentágono condenou as ameaças feitas pelo governo norte-coreano contra bases militares americanas. "Eles [os norte-coreanos] precisam parar de ameaçar a paz na península porque isso não ajuda ninguém", afirmou George Little, porta-voz do Pentágono, à imprensa.

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