• Carregando...

Paris – Antes que a Coréia do Norte realizasse seu primeiro teste atômico, as sete potências nucleares do mundo fizeram 2.047 testes nucleares desde a explosão da primeira bomba atômica no deserto do Novo México, Estados Unidos, em 16 de julho de 1945, pouco antes do ataque nuclear ao Japão, já no finzinho da Segunda Guerra Mundial. Só Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha e China são consideradas potências nucleares, nos termos do Tratado de Não-Proliferação nuclear (TNP), já que efetuaram testes nucleares antes de 1.º de janeiro de 1967. No entanto, Índia e Paquistão são potências atômicas de fato. Já Israel, é considerado um país detentor de armas nucleares, mas não admite o programa abertamente. A África do Sul, que já desenvolveu armas nucleares, desmantelou seu arsenal em 1994.

Mais de mil

Os Estados Unidos, único país que lançou suas bombas atômicas sobre alvos inimigos (as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945), lideram o chamado "clube atômico" com 1.030 testes nucleares, à frente da Rússia, que conta 715. Por sua vez, a França realizou 210 testes desde 1960: na Argélia e depois no Pacífico. O primeiro de seus testes aconteceu em Reggane, Argélia. Desde 2 de julho de 1966, os ensaios foram realizados nas ilhas Mururoa e Fangataufa, no Pacífico sul. Os seis últimos entre setembro de 1955 e janeiro de 1996. O Reino Unido conta com 45 testes em seu histórico. A China tem um pouco menos: 43 provas, a primeira em 16 de outubro de 1964. Depois da última, em 29 de julho de 1996, Pequim anunciou a suspensão de seus testes nucleares. A Índia fez seu primeiro teste em 1974 e realizou cinco outros em 11 e 13 de maio de 1998, no deserto de Rajasthan. Seu vizinho e "inimigo" Paquistão realizou seus ensaios nucleares em 28 e 30 de maio, completando seis explosões no deserto do Baluchistão.

Próximo passo

Se mantiver o tom desafiador, mesmo diante das ameaças e condenações da ONU e da comunidade internacional, o próximo desafio da Coréia do Norte, é construir uma ogiva pequena o suficiente para caber dentro de um míssil – uma tarefa, segundo especialistas, complicada, mas que pode não levar muito tempo para ser executada se o país tiver o conhecimento necessário. "Eles precisam diminuir o peso (da ogiva) para algo entre 500 e 700 quilos. Em vista do conhecimento disponível hoje, acredito que eles sejam capazes de realizar isso", afirmou Duncan Lennox, editor da revista Jane’s Strategic Weapons Systems. Tal artefato poderia ser levado até seu alvo por meio de um dos vários tipos de míssil disponíveis no grande arsenal norte-coreano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]