Quase uma centena de incêndios florestais, a metade deles sem controle, consome os montes da região espanhola de Galícia, no noroeste do país, pelo sétimo dia consecutivo, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
Segundo o porta-voz do governo, os últimos esforços para extinguir as chamas resultaram numa diminuição expressiva dos focos de incêndio na região. Da noite de quarta-feira ate agora, o número caiu de 158 para 96 e, de acordo com as previsões do governo, deve diminuir ainda mais nas próximas horas.
Agentes de unidades especializadas da Guarda Civil e tropas do Exército fazem frente às chamas. Segundo o Governo regional galego, mais de seis mil pessoas, entre bombeiros e voluntários, estão envolvidas nos trabalhos de combate às chamas.
Nos últimos dias centenas de pessoas foram evacuadas na Galícia frente ao risco de serem atingidas pelas chamas. A situação já obrigou a interrupção do tráfego em algumas estradas e a retirada de centenas de pessoas das áreas mais afetadas - Ames, Padrón e Cée (La Coruña), Meira (Lugo), Melón e Coles (Orense) e Oia e Pontecaldelas (Pontevedra).
Na quarta-feira, Rodríguez Zapatero interrompeu suas férias e viajou à Galícia para, segundo suas palavras, "assumir responsabilidades" e dizer aos cidadãos que o Executivo está consciente de que "tem um desafio sério e uma situação difícil pela frente".
- Queremos ser solidários ao Governo (regional) da Galícia e fornecer grande apoio - afirmou o chefe de Governo da Espanha na cidade de Santiago de Compostela, onde presidiu uma reunião sobre a situação das queimadas florestais junto com o chefe do Executivo autônomo galego, Emilio Pérez Touriño, e as ministras espanholas do Meio Ambiente, Cristina Narbona, e da Agricultura, Elena Espinosa.
Um homem foi preso no município de Boiro, na região de La Coruña, o que elevou para seis o número de suspeitos no processo que investiga a autoria dos incêndios florestais. Dois acusados seguem presos.
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