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Quase um em cada dois adultos americanos viu um familiar próximo ir para a cadeia ou prisão por pelo menos uma noite, de acordo com um novo estudo da Universidade de Cornell.

Um em cada sete adultos já teve um membro da família imediata atrás das grades por pelo menos um ano; para um em 34 adultos, por uma década ou mais. 

O estudo estima que 6,5 milhões de adultos, 1 em 38, têm atualmente um membro da família imediata encarcerado. 

Entre os adultos negros e nativos americanos, os números são mais altos: 63% tiveram um membro da família preso ou detido por uma noite ou mais, em comparação com 48% dos latinos e 42% dos adultos brancos. Mais da metade dos adultos negros com diploma universitário viu um membro da família encarcerado, em comparação com menos de um terço dos adultos brancos com educação universitária. Três vezes mais adultos negros do que adultos brancos viram um parente próximo aprisionado por um ano ou mais – 31% em comparação com 10%. 

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Os americanos de baixa renda também são mais propensos a ver seus familiares presos: é o caso de mais da metade dos adultos que ganham US$ 25 mil (cerca de R$ 97 mil) por ano ou menos, em comparação com um terço dos que ganham US$ 100 mil (cerca de R$ 390 mil) por ano ou mais. Olhando apenas para pessoas com parentes presos por um ano ou mais, o total é de cerca de um quarto dos que têm renda mais baixa e de 8% dos americanos de renda mais alta. 

As pessoas que vivem no Nordeste do país são as que têm menos chances de ver um parente imediato ir para a prisão, de acordo com o estudo – é o caso de menos de um terço. 

Apenas um em cada quatro entrevistados disse que pôde visitar o parente encarcerado, embora esse resultado inclua os casos dos que passaram apenas uma noite na cadeia. Ainda assim, menos da metade das pessoas entrevistadas que tiveram um membro da família trancado por mais de um ano disseram que puderam visitá-lo. 

A pesquisa foi elaborada por pesquisadores da Cornell para a FWD.us, uma organização sem fins lucrativos lançada em 2013 por Mark Zuckerberg, do Facebook, para advogar por leis de imigração mais frouxas. Desde então, o grupo de lobby da indústria de tecnologia ampliou suas metas para incluir a reforma da justiça criminal. 

“Esta pesquisa corrobora o que muitas famílias já sabem há muito tempo: nosso atual sistema de justiça criminal está prejudicando nossa economia, comunidades e famílias e minando a promessa do que a América pode e deve ser”, disse Todd Schulte, presidente da FWD.us. Ele já trabalhou para um super PAC para reeleger o presidente Barack Obama em 2012.

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