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São Paulo (Folhapress) – Representantes do Brasil, Alemanha, Índia e Japão discutiram ontem em Nova Iorque a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O governo brasileiro foi representado no encontro pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Os quatro países fazem parte do G4, grupo que reivindica assento permanente no Conselho. Ontem pela manhã os integrantes do G4 se reuniram com o presidente da Assembléia Geral da ONU, Jean Ping. Logo após a audiência, visitaram o secretário-geral da organização, Kofi Annan. À tarde, os membros do grupo se reuniram com representantes da África.

O Conselho de Segurança da ONU foi criado em 1946 e é formado por 15 países, sendo cinco permanentes (Estados Unidos, China, Rússia, Inglaterra e França). A proposta do G4 é aumentar para 25 o número de nações do Conselho. Desse total, 11 teriam assento permanente. O novo quadro seria composto pelos cinco países atuais e por mais outros seis, ainda a serem escolhidos. Os países do G4 reivindicam a inclusão nesse seleto grupo. A África quer uma vaga a mais no Conselho como membro não-permanente do que a prevista na proposta. Hoje, o continente tem três assentos não-permanentes e, com a reforma sugerida pelo G4, passaria a ter duas vagas permanentes e uma não. Além disso, há divergências em relação ao poder de veto. "Em tese, todos nós somos contra a discriminação na questão do veto. Uns querem acabar e outros gostariam que ele existisse de maneira igual", afirmou Amorim.

Ficou acertado que até o dia 22 um grupo com representares do G4 e dos países africanos irá debater a proposta de reforma. No dia 25 os ministros das Relações Exteriores voltam a se encontrar. "Espero que possamos consagrar uma nova posição comum. Temos que estar prontos para lidar com as diferenças", disse Amorim.

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