Quebra-quebra e prisões

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Belo Horizonte – Manifestantes contrários a realização da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Belo Horizonte, entraram em confronto ontem cedo com a Polícia Militar em pelo menos dois protestos efetivados na capital de Minas Gerais. Os incidentes foram programados para o dia da abertura oficial da Assembléia Anual dos Governadores do BID, com a presença de ministros e chefes de Estado.

Os dois protestos de rua acabaram em confrontos com a Polícia Militar e num quebra-quebra na sede da Cemig, estatal de energia do governo de Minas. Dez pessoas foram presas e pelo menos 21 ficaram feridas, entre manifestantes, PMs e seguranças. Os cerca de 250 manifestantes (estimativa da PM) de vários movimentos sociais – sobretudo da Via Campesina e do Movimento dos Atingidos por Barragens – destruíram a recepção do prédio da Cemig. Quebraram portas de vidro, cadeiras, computadores, uma maquete e alguns objetos de arte em exposição.

Na Praça 7, centro da capital mineira, distante poucos quarteirões de onde está sendo realizada a solenidade de abertura do encontro, manifestantes entraram em choque com os policiais militares. Na confusão, um auxiliar de cinegrafista de uma televisão local ficou ferido, ao ser atingido por uma bala de borracha, e foi hospitalizado.

Diversos movimentos sociais, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e a CUT, programaram uma série de atividades paralelas em Belo Horizonte, ao evento do BID. Os quarteirões próximos ao Palácio das Artes, onde foi realizada ontem a abertura da reunião anual, devem permanecer solados pela PM.