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Ucrânia

Queda do avião malaio teve “causas externas”

Relatório preliminar publicado ontem afirma que voo MH17, da Malaysia Airlines, não teve falhas técnicas nem humanas

Restos da fuselagem do voo MH17, da Malaysia Airlines, no local do acidente, perto do vilarejo de Grabovo, em Donetsk | Marko Djurica/Reuters
Restos da fuselagem do voo MH17, da Malaysia Airlines, no local do acidente, perto do vilarejo de Grabovo, em Donetsk (Foto: Marko Djurica/Reuters)
Caixa-preta do Boeing 777 que caiu na Ucrânia em área disputada entre Kiev e separatistas |

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Caixa-preta do Boeing 777 que caiu na Ucrânia em área disputada entre Kiev e separatistas

O acidente com o voo MH17 da Malaysia Airlines em julho deste ano na Ucrânia, matando 298 pessoas, teve "causas externas" e não uma falha técnica da aeronave nem problemas ligados à tripulação, conforme o relatório preliminar publicado ontem pela Junta de Segurança holandesa.

"Os primeiros resultados da investigação apontam uma causa externa para o acidente do MH17", assinalou em comunicado Tjibbe Joustra, presidente da Junta de Segurança, que se encarrega de determinar o que ocorreu com a aeronave.

A Ucrânia sustentou após o acidente que o Boeing malaio tinha sido derrubado por um míssil terra-ar disparado a partir do território sob o controle dos milicianos pró-Rússia, mas os rebeldes negaram.

"Será necessário realizar mais investigações para determinar a causa com maior precisão", continuou Joustra, que afirmou que haverá provas nos próximos meses e que o relatório final estará disponível dentro de um ano a partir da data do acidente.

Os resultados preliminares concluíram que a aeronave "se desintegrou no ar provavelmente devido ao dano estrutural causado por um alto número de projéteis que penetraram no aparelho a partir do exterior".

O avião sobrevoava um espaço aéreo sem restrições quando sofreu o acidente, segundo o relatório, publicado quase dois meses depois do ocorrido. A Organização da Aviação Civil Internacional (Icao) fixa em seu protocolo de investigações sobre acidentes de aviação um prazo de 30 dias para a apresentação das conclusões preliminares, no entanto, no caso do Boeing malaio, os analistas encontraram vários obstáculos.

Razak cobra empenho na investigação

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, cobrou ontem que todas as partes envolvidas ajudem a esclarecer o que ocorreu com o avião que caiu no leste da Ucrânia em julho e com a conclusão do relatório final, e ainda reivindicou acesso ao local do acidente.

"O relatório preliminar sugere que ‘objetos’ penetraram na aeronave e fizeram com que se partisse no ar", afirmou o chefe de estado em comunicado.

"Isso levanta forte suspeita de que um míssil terra-ar derrubou o [voo] MH17, mas é preciso mais trabalho de investigação antes de poder ter certeza. Cobro que todas as partes colaborem."

"É da maior importância que equipes de investigação tenham acesso completo ao lugar do acidente para poder recolher todos os restos mortais, completar a investigação e conhecer a verdade", afirmou o primeiro-ministro Razak.

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