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Os militares que derrubaram Mohamed Mursi e agora governam o Egito anunciaram nesta quarta-feira (2) que qualquer insulto à bandeira ou recusa a se levantar para o hino nacional será punida com prisão, multa de cerca de US$ 726 ou as duas opções juntas. A decisão vem após rumores de que legisladores islamistas teriam ignorado ordens para cumprir um minuto de silêncio em homenagem a um policial morto em confrontos com manifestantes no mês passado.

Segundo rumores, políticos salafistas se negaram em algumas ocasiões a levantar para cantar o hino nacional, alegando razões religiosas. Mohammed Ibrahim Mansour, representante do partido al-Nour - de ultraconservadores - afirmou certa vez que é melhor rezar por aqueles que foram mortos do que levantar para fazer um minuto de silêncio.

A medida foi rascunhada pelo Gabinete de governo e aprovada pelo presidente interino, Adly Mansour. O texto da norma diz que qualquer ato interpretado como falta de respeito à bandeira ou ao hino pode levar a seis anos de prisão ou multa de cerca de US$ 726.

O partido Al-Nour, que foi o segundo mais votado nas eleições de 2011 -perdendo apenas para a Irmandade Muçulmana - foi uma das principais influencias do rascunho da Constituição em 2012, quando Mursi era presidente. Após a queda do líder islamista, os muçulmanos salafistas perderam força e se tornaram uma minoria no painel designado para fazer o novo texto da Constituição.

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