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Desabrigados usam máscaras para se proteger de radiação em abrigo improvisado pelo governo, em Sendai | Mike Clarke/AFP
Desabrigados usam máscaras para se proteger de radiação em abrigo improvisado pelo governo, em Sendai| Foto: Mike Clarke/AFP

Dois ônibus vão resgatar brasileiros

Brasília - O Consulado do Brasil em Tóquio, no Japão, enviará hoje dois ônibus para as regiões de Sendai e Fukushima Daiichi para resgatar os brasileiros que queiram deixar a área. As cidades nessas regiões foram duramente atingidas pelo terremoto do último dia 11, seguido por um tsunami. O Itamaraty informou que até ontem não havia informações de brasileiros entre as vítimas.

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Planalto se diz atento a normas de segurança

Brasília - O governo brasileiro garantiu que adotará todas as medidas que forem anunciadas pela comunidade internacional para reforçar a segurança das usinas nucleares após os incidentes envolvendo reatores japoneses, disse o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

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Europa testará todas as usinas

Londres - O temor causado pelas explosões na usina de Fukushima, no Japão, teve novas consequências ontem na Europa. A Alemanha decidiu fechar temporariamente 7 de seus 17 reatores. Já a U­­ni­­ão Europeia promete fazer um teste de estresse nas 147 usinas nu­­cleares existentes em 13 dos 27 países do bloco.

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Aumenta o número de mortos

Tóquio - O número oficial de mortos na tragédia do Japão chegou ontem a 3.373. Considerados também os desaparecidos (6.746), o total de vítimas confirmadas ultrapassou ontem a marca de 10 mil pessoas – já o de feridos chegou a 1.897. As informações foram divulgadas pela agência nacional de polícia. Os números, no entanto, ainda devem crescer.

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São Paulo - Os níveis de radiação aumentaram ontem em Tóquio e em ou­­tras cidades do Japão após explosões e um incêndio serem registrados no complexo nuclear Fu­­kushima Dai­­ichi, seriamente da­­nificado pelo terremoto de magnitude 8,9 – seguido de tsunami – que atingiu a costa nordeste do país na última sexta-feira. A população se prepara para ficar em casa fazendo estoque de água engarrafada, mantimentos e máscaras de proteção.

O governo japonês avisou que a crise da usina nuclear provocou escape de radiação que poderia afetar a saúde e recomendou aos mo­­radores que vivem num raio de até 30 quilômetros de distância que fiquem em suas casas, desliguem os sistemas de ventilação e fechem as janelas.

A radiação em torno da usina aumenta desde sábado, quando uma falha no sistema de refrigeração forçou a liberação de vapor ra­­dioativo de forma controlada, mas os crescentes problemas nos reatores criam incertezas.

Na província de Ibaraki, ao lado de Fukushima, em um determinado momento a radiação era de 5 microsievert (msv) por hora, 100 vezes mais que o habitual. Se­­gundo a AIEA, uma pessoa fica em média exposta à radiação de aproximadamente 2,4 msv por ano devido a fontes naturais.

A capital Tóquio, que fica a 240 km de Fukushima, registrou uma pequena elevação nos níveis de radiação. O aumento, contudo, não é suficiente para ameaçar os 39 milhões de moradores da capital e seus arredores.

"A quantidade é extremamente pequena, e não levanta preocupações com a saúde. Isso não vai nos afetar", diz Takayuki Fujiki, funcionário do governo de Tóquio. A agência Kyodo diz que o nível de radiação elevou-se a nove vezes acima do normal em Kanagawa, perto de Tóquio, mas os níveis já haviam caído na noite de ontem.

Vento

As previsões meteorológicas pa­­ra Fukushima eram de neve e ven­­to vindo do nordeste na noite de ontem, soprando em direção a sudoeste, rumo a Tóquio, e em seguida se deslocando para oeste, em direção ao mar. Isso é importante porque mostra a direção que uma possível nuvem nuclear pode seguir.

Apesar dos pedidos de calma, em Tóquio era possível ver on­­tem mais máscaras do que o ha­­bitual. Além disso, alguns ha­­bi­­tantes decidiram se afastar da cidade por alguns dias até que a situação em Fukushima se torne me­­nos alarmante.

Ao longo do dia de ontem, muitos estrangeiros pegaram o "shin­­kansen" – o trem bala-ja­­ponês – pa­­ra se deslocar a cidades mais ao sul, como Osaka, a mais de 500 quilômetros da capital, onde a a­­meaça de fuga de radiação soa mais distante.

Desde o início dessa semana, várias delegações diplomáticas aconselharam àqueles que se sentissem temerosos e não tivessem assuntos "essenciais" em Tóquio que deixassem a cidade. Um exemplo foi a Embaixada da Áustria, que ontem decidiu transferir sua missão temporariamente a Osaka.

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