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Gaza (Reuters) – O jornalista francês Mohammed Ouathi, que havia sido seqüestrado por atiradores palestinos em Gaza, há uma semana, foi libertado ontem. O seqüestro de Ouathi, técnico de som da emissora de tevê France 3, foi o mais longo numa série de capturas de jornalistas e integrantes de entidades assistenciais estrangeiros em Gaza. Nenhum grupo reivindicou a autoria da ação. Ouathi nasceu na França e tem origem argelina. A libertação foi anunciada pelos Comitês de Resistência Popular, uma entidade que reúne vários grupos de militantes palestinos, que afirmou ter ajudado a negociar o fim do seqüestro, mas não mencionou quem seriam os autores do crime. "Estou bem", disse o ex-refém na delegacia da Cidade de Gaza, onde foi recebido por autoridades do consulado francês.

O chefe de polícia palestino Ali Hosni disse que Ouathi foi capturado por um "grupo clandestino", que não se identificou, e afirmou que a polícia está à caça dos responsáveis. Ouathi foi capturado por três homens armados quando voltava a pé para o hotel em que estava hospedado, na Cidade de Gaza, como os demais integrantes da equipe da emissora, no dia 15 de agosto. Jornalistas palestinos e estrangeiros fizeram uma manifestação pedindo sua libertação.

O presidente da França, Jacques Chirac, agradeceu o presidente palestino, Mahmoud Abbas, pelos esforços pela libertação. No telefonema, Chirac também aproveitou para falar sobre a desocupação de Gaza e para ratificar seu apoio à principal causa palestina, que é a conquista de um Estado independente.

O ministro das Relações Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, disse à imprensa que Ouathi parecia estar em boas condições de saúde e que viajaria de volta para Paris hoje.

Na semana passada, Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento islâmico Hamas, havia acusado a Autoridade Palestina de não tomar providências suficientes para garantir a proteção dos estrangeiros que trabalham em Gaza, e afirmou que seqüestrar estrangeiros "passava dos limites".

Comum no Iraque, a tática de seqüestro de estrangeiros é relativamente rara nos territórios palestinos. A veemência do Hamas indica que o grupo considera esse tipo de ação pouco eficiente para a conquista de seus objetivos políticos.

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