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A rainha Elizabeth II avisou nesta terça-feira (9) que não vai entrar em campo para impedir a independência da Escócia. Em um comunicado, o Palácio de Buckingham afirmou que o referendo do dia 18 é um "assunto do povo da Escócia".

"A monarca está acima da política, e aqueles que estão em cargos políticos têm o dever de garantir que isso continue assim", diz o texto.

Contrários à separação, os Partidos Conservador e Trabalhista discretamente contavam com uma manifestação da soberana para estancar a tendência de virada a favor do voto "sim" (pela independência). Recente pesquisa mostrou 51% pela separação e 49% contra.

Os separatistas afirmam que Elizabeth II teria orgulho de ser a "rainha da Escócia", já que ela permaneceria chefe de Estado do território mesmo com a independência -como já ocorre com 16 ex-colônias britânicas.

"Qualquer sugestão de que a rainha desejaria influenciar no resultado do referendo é categoricamente errada", afirma o comunicado de Buckingham.

"A imparcialidade constitucional do soberano é um princípio estabelecido da nossa democracia."

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o líder da oposição, o trabalhista Ed Miliband, viajam nesta quarta-feira (10) para a Escócia para tentar conter o avanço da campanha pela separação.

A derrota seria um desastre para as duas forças políticas. "Nossa mensagem para os escoceses é simples: queremos que vocês fiquem", afirmaram Cameron e Miliband no comunicado conjunto que anunciou a visita.

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