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Qual é o objetivo da guerra?

O objetivo é que o Hamas perca a vontade e a capacidade de continuar lançando mísseis contra a população israelense, que vive em situação constante de ataques. Escolas não podem funcionar enquanto o Hamas usar a Faixa de Gaza como base para ataques e a população civil palestina como escudo humano de maneira muito cruel e cínica.

Para isso é necessário retirar o Hamas do poder?

Não vamos entrar em questões políticas, o que nos interessa é que o Hamas pare de atacar Israel.

Qual é a estratégia para a Faixa de Gaza depois disso?

Queremos retomar o processo de paz com os palestinos. Negociar com a Autoridade (Nacional) Palestina (ANP), que é o representante legítimo do povo, com base na ideia de dois povos e dois Estados. Infelizmente o Hamas é contra o conceito, porque não aceita a existência de Israel.

Com o enfraquecimento do Hamas, o Fatah pode emergir como governante de Gaza.

Os acordos anteriores estabelecidos com este grupo continuarão válidos?

O acordo vai ser com quem é a favor da paz. Nunca deixamos de lado o desejo e o sonho de construir a paz. Mas o Hamas não respeita os acordados firmados pela ANP.

O embargo contra Gaza vai continuar?

A situação é quase absurda.

O Hamas, por um lado, usa a Faixa de Gaza para atacar Israel e, ao mesmo tempo, pede que continuemos a fornecer eletricidade e água – apesar de estarmos fazendo isso.

É um absurdo que eles recebam um produto que vai ser usado contra Israel.

A ajuda humanitária será ampliada?

Todos os dias há abertura para a entrega de ajuda humanitária. Hoje (ontem) paramos as atividades por três horas para facilitar ainda mais, e o Hamas usou esse tempo para lançar foguetes contra a cidade de Beer Sheva.

O que Israel espera da política de Barack Obama para o Oriente Médio?

Temos uma relação muito forte com os EUA e cremos que ele irá entender nossa necessidade de defesa. Em plena campanha, ele visitou a cidade de Sderot (alvo de foguetes do Hamas). Mas o problema deve ser resolvido com diálogo entre Israel e palestinos.

Como Israel vê o posicionamento de outros países no conflito?

O Irã já declarou que quer acabar com Israel, e é quem apoia o Hamas financeiramente, fornece mísseis, está alimentando esse conceito.

O Egito tem um poder muito importante e vem criticando o Hamas. Mas não precisamos do apoio militar nem nada disso, só queremos que a comunidade internacional, ou pelo menos os países democráticos, entendam a necessidade de auto-defesa.

Que partido sai fortalecido desse conflito para as eleições de fevereiro?

Em tempos de guerra não tem como ser posição ou oposição, todo mundo está unido, e nenhum político vai aproveitar para fazer política.

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