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As declarações do presidente dos Estados Unidos, Geoge W. Bush exaltando o povo de Cuba a agir por uma 'mudança democrática' provocaram reações nesta sexta-feira, na Ilha de Fidel. O jornal oficial do Partido Comunista Cubano, o "Granma", afirmou que o presidente em exercício, Raúl Castro, está firme dirigindo o país e descartou ainda que esteja ocorrendo uma transição no governo.

"Raúl está firme no timão da nação e das forças armadas", informou o Granma, acrescentando que "a palavra transição não existe no vocabulário dos cubanos aqui".

Na quinta-feira, Bush falou oficialmente sobre o cenário cubano em meio à internação de Fidel Castro, que se afastou do poder pela primeira vez desde 1959, para uma cirurgia de emergência no intestino.

O editor do diário Juventude Comunista, Rogelio Polanco, disse nesta sexta-feira na TV cubana que as declarações de Bush eram inúteis.

- A única forma de aplicar o plano Bush para mudança de regime em Cuba é pela força, e a força não vai funcionar - afirmou ele. - Raul está firme no comando da nação e na liderança das Forças Armadas, que possuem comprovado histórico de combate e experiência internacional. Não tenham dúvidas.

Mas sem nenhuma aparição pública dos irmãos Castro, a incerteza sobre o futuro político de Cuba é evidente nas ruas de Havana, onde a atividade de tempos normais foi visivelmente reduzida. Muitos se perguntam quando Raúl, de 75 anos, falará à nação.

O jornal espanhol "El País" publicou nesta sexta-feira matéria em que afirma que Cuba está sendo dirigida por um grupo de seis pessoas supervisionadas por Raúl Castro, à espera de uma eventual volta de Fidel.

Segundo o jornal espanhol, fazem parte do grupo que governa o país o ministro das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, o responsável pela abertura econômica nos anos 90, Carlos Lage, e os comunistas "ortodoxos" Ramón Machado Ventura, José Ramón Balaguer e Esteban.

O único sinal do Castro mais jovem foi uma foto na capa do "Granma". A imagem mostrava Raúl aos 22 anos sendo preso, após o assalto ao quartel de Moncada, liderado por seu irmão em 1953, na cidade de Santiago. Um texto relatando seu heroísmo acompanhava a fotografia.

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