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Separatistas pró-Rússia participam de entrevista coletiva | Marko Djurica/Reuters
Separatistas pró-Rússia participam de entrevista coletiva| Foto: Marko Djurica/Reuters

Separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia ignoraram um chamado público do presidente russo, Vladimir Putin, para adiar um referendo sobre a independência da região, declarando que prosseguirão com a votação marcada para 11 de maio, o que pode levar a uma guerra.

Denis Pushilin, um líder separatista da autodeclarada República Popular de Donetsk, disse ontem que o "Conselho do Povo" havia votado por unanimidade para manter o plebiscito conforme planejado. "A guerra civil já começou. O referendo pode pôr um fim a ela e começar o processo político", afirmou.

Novo tom

O anúncio coincidiu com uma brusca mudança de tom vinda de Moscou, após os pedidos de Putin de que a votação fosse postergada, e uma declaração de que tropas russas estão se retirando da fronteira da Ucrânia. Os mercados russos desabaram com as notícias e, em Kiev, autoridades prometeram seguir adiante com a "campanha antiterrorismo" para retomar o controle das regiões orientais de Donetsk e Luhansk, independentemente da decisão dos rebeldes de realizar a votação.

Analistas políticos disseram que Putin já estaria esperando que os rebeldes prosseguissem com o referendo, mostrando que não estavam sob suas ordens. Ao se distanciar de um processo que não será reconhecido pelo Ocidente, Putin espera evitar mais sanções em um momento em que as já existentes começam a ser sentidas pela Rússia.

O ministério da Defesa russo disse que a Otan e os EUA – que afirmaram não ter visto sinais de retirada de tropas russas – estavam divulgado informações enganosas sobre o confronto armado entre Moscou e Kiev.

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