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Bairro destruído em Damasco, na Síria, onde os confrontos entre tropas do governo e rebeldes deixou ao menos 30 mortos nesta madrugada | REUTERS/Goran Tomasevic
Bairro destruído em Damasco, na Síria, onde os confrontos entre tropas do governo e rebeldes deixou ao menos 30 mortos nesta madrugada| Foto: REUTERS/Goran Tomasevic

Pelo segundo dia consecutivo, rebeldes sírios atacaram unidades do governo pelo controle de bairros de Damasco, numa tentativa de abalar a influência do presidente sírio, Bashar al-Assad, na capital. De acordo com fontes da oposição, os rebeldes estão usando armas antiaéreas, morteiros e veículos blindados capturados das forças de Assad ao longo dos últimos meses. Pelo menos 30 pessoas foram mortas durante a madrugada.

Tropas de elite da Guarda Republicana com base na montanha Qasioun, bem no meio da cidade, dispararam séries de artilharia e lançadores de foguetes no bairro de Jobar, a leste, e no anel viário sul, onde os rebeldes passaram pelos bloqueios e por posições do Exército, disseram as fontes.

O capitão Islam Alloush, da oposição, afirmou que a ofensiva estava sendo conduzida por oficiais sunitas que desertaram do Exército, e tem como objetivo cortar o comando de Assad e as linhas de controle a partir do centro da cidade para a periferia.

"Jobar é o distrito mais disputado e o regime está bombardeando-o fortemente", disse Alloush, que faz parte da unidade rebelde Liwa al-Islam.

Segundo Alloush, o objetivo da ofensiva rebelde não era tomar o centro de Damasco. Isso não seria realizado enquanto as forças de Assad controlassem as bases principais para a retaguarda das forças rebeldes, no bairro de Muleiha e na cidade de Adra.

"O objetivo é acabar com as posições dos atiradores e fortificações que formam parte da linha de defesa do regime em Damasco, e não avançar muito rapidamente sem ter o apoio adequado."

Até agora, Damasco não viveu o mesmo nível de violência que outros centros urbanos como Aleppo e Homs, onde bairros inteiros foram destruídos. Embora o governo tenha perdido o controle de áreas dessas cidades, ainda mantém um controle apertado sobre a capital, apesar das tentativas dos rebeldes de tomar a cidade a partir de áreas externas.

A revolta contra o regime, que já dura quase dois anos, provocou mais de 60 mil mortes, segundo a ONU, e jogou o país em uma guerra civil e em profunda crise humanitária, com milhares de refugiados, deslocados internos e destruição de infraestrutura.

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