Doze pessoas morreram ontem, entre elas sete funcionários eleitorais e cinco policiais, e outras nove ficaram feridas em dois ataques da guerrilha maoista no estado indiano de Chhattisgarh, no centro do país.
Os guerrilheiros explodiram uma mina na passagem de um ônibus com funcionários eleitorais e pessoal de segurança, cerca de 13h locais (4h30, no horário de Brasília) perto da cidade de Ketulnar, disse um oficial de polícia ao jornal "Times of India".
Os rebeldes fugiram para dentro de uma floresta quando a equipe de segurança respondeu ao ataque e foram enviados reforços. Várias urnas eletrônicas foram danificadas.
Os policiais pertenciam ao 80º batalhão da Polícia Central e se dirigiam a um quartel em Jagdalpur quando foram atacados por um grupo entre 75 e 100 homens armados, que fizeram explodir a mina. A região da explosão é conhecida pela rebelião maoista.
Prejuízo à votação
A Índia realiza eleições nacionais em várias fases desde o último dia 7, embora hoje não seja dia de votação em Chhattisgarh, onde dois soldados morreram e três ficaram feridos em outro ataque da guerrilha maoista há três dias.
A polícia desconfia de uma tática maoista para prejudicar a votação em Bihar, que começou na quinta-feira.
As pesquisas apontam que parte dos eleitores, particularmente os jovens preocupados com a falta de emprego e cansados da corrupção, buscam uma mudança, depois de dez anos da esquerda no poder.
O favorito para assumir o posto de primeiro-ministro é Narendra Modi, que já governou o estado de Gujarat três vezes. Ele é filho de um vendedor de chá e se destacou pelo Partido do Povo Indiano (BJP).
Esta é a maior eleição da história, já que 814 milhões de pessoas 100 milhões a mais do que há cinco anos poderão votar, em cerca de um milhão de colégios eleitorais, ao longo de seis semanas. Mais da metade da população tem menos de 25 anos.
A votação vai durar até 12 de maio. Os resultados serão divulgados em 16 de maio.



