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Rebeldes pró-Rússia expressaram confiança que o leste da Ucrânia tenha decidido pelo autogoverno em referendo realizado neste domingo (11), com alguns dizendo que a votação representa a independência e outros afirmando que abre caminho para uma união com a Rússia.

Bem antes do fechamento das urnas, um líder separatista disse que a região vai formar seus próprios órgãos estatais e suas Forças Armadas depois do referendo, formalizando uma divisão que começou com a invasão armada de prédios públicos em uma série de cidades do leste, no mês passado.

Outro líder disse que a votação não mudaria o status da região, mas simplesmente mostraria que o Leste quer decidir seu próprio destino, seja como parte da Ucrânia, como nação independente ou como parte da Rússia.

A atmosfera quase festiva em locais de votação em algumas áreas escondia a possível gravidade das implicações do referendo. Em outros locais, houve confrontos entre separatistas e militares e disputas sobre as cédulas de votação e pelo controle de uma torre de TV.

Na cidade portuária de Mariupol, no sudeste, onde houve cenas de violência na semana passada, havia apenas oito postos de votação para uma população de meio milhão. As filas se formaram ao longo de centenas de metros, sob um dia de sol e clima de animação.

Em outros pontos, houve violência. Um homem morreu em um confronto na cidade de Krasnoarmeisk, no leste, de acordo com a agência de notícias Interfax-Ucrânia.

Líderes ocidentais, confrontados com uma assertividade russa não vista desde a Guerra Fria, ameaçaram impor mais sanções nas áreas-chave de energia, serviços financeiros e engenharia se Moscou continuar com o que eles consideram ser esforços para desestabilizar a Ucrânia.

A União Europeia declarou o referendo ilegal neste domingo e pode anunciar algumas medidas modestas já na segunda-feira, limitada pela relutância do bloco em abalar as relações comerciais com a Rússia.

Moscou nega qualquer papel nos combates na Ucrânia ou ter ambição de absorver a região leste ucraniana, que tem maioria da população de língua russa, após ter anexado a península da Crimeia depois de um referendo em março.

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