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Rebeldes sírios combatiam as forças do governo perto de uma passagem de fronteira com a Turquia na terça-feira (18) e as balas disparavam rumo ao vizinho do norte que tem apoiado o levante contra o presidente Bashar al-Assad. A revolta, iniciada há 18 meses como um protesto popular pacífico, foi reprimida pelos militares de Assad e virou uma guerra civil, na qual mais de 27 mil pessoas morreram. O número de mortes por dia agora chega perto de 200. O mês passado foi o mais violento até agora.

Em outra tentativa para estancar o derramamento de sangue, o ministro das Relações Exteriores do Irã propôs uma nova missão regional de monitoramento, antes de conversações com o presidente Assad em Damasco na quarta-feira, disse a mídia estatal iraniana. Duas missões já fracassaram.

Do lado turco da fronteira com Tel Abyad, uma testemunha da Reuters ouvia disparos esporádicos de artilharia pesada e viu ambulâncias nas proximidades. Uma autoridade turca disse que algumas casas da cidade de Akcakale foram atingidas por tiros e ao menos uma mulher ficou ferida.

Ele afirmou que os rebeldes estavam tentando conquistar o controle de Tel Abyad, que nos tempos de paz foi um ponto importante do comércio turco-sírio. Os rumores são de que os rebeldes usaram armas contrabandeadas no ano passado. Essa parece a primeira tentativa dos insurgentes de tomar uma zona de fronteira na província de al-Raqqa, -- a maioria delas permanece pró-Assad.

Os rebeldes controlam outras duas passagens na fronteira norte com a Turquia. Um terceiro ponto de fronteira ajudaria a fortalecer o controle deles no norte e colocaria mais pressão sobre o Exército, enquanto eles lutam pelo controle da maior cidade da Síria, Aleppo, não distante dali.

Os moradores afirmam que apenas uma cidade perto da fronteira recebeu bem os rebeldes na província de Al-Raqq. A cidade teve um protesto anti-Assad na terça-feira, provocando o bombardeio da parte do governo, ferindo várias pessoas e depois começaram os confrontos.

Partes da fronteira síria com a Turquia, o Líbano e o Iraque se tornaram porosas com a disseminação do conflito. Mais de 200 mil refugiados foram para a Turquia e a Jordânia a fim de escapar dos bombardeios das forças pró-Assad em perseguição aos rebeldes.

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