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A possibilidade de a independência da Escócia se concretizar na próxima quinta-feira deu origem a um grande debate que os britânicos vinham adiando: qual será o lugar do Reino Unido no mundo? Um dos maiores temores das autoridades é a perda de importância global.

No mundo acadêmico, os especialistas discutem o novo papel do país e se referem ao "pequeno Reino Unido", a "o que resta do Reino Unido" ou ainda ao "país anteriormente conhecido por Reino Unido".

Não se sabe se o nome vai de fato mudar, mas certamente o antigo império onde o sol nunca se punha será menos glorioso. Para Andrew Blick, especialista em política e História contemporânea do King’s College, será uma nação "liliputiana", que pode começar a se despedaçar e a se isolar cada vez mais.

O atual governo conservador de David Cameron prometeu um referendo em 2017 que ainda pode tirar o que sobrar do Reino Unido da União Europeia. Menor em 5,3 milhões de habitantes, um terço de território e 7,7% da economia, o país terá de provar nos foros internacionais sua relevância para ocupar um assento no Conselho de Segurança da ONU, por exemplo.

"Por que o que restar do Reino Unido tem um status melhor do que o do Brasil ou de outro país do Brics na ONU? Por que tem mais peso em decisões do FMI?", pergunta-se Blick.

O vice-presidente do Cen­­tro para Políticas Públicas da Escócia (CSPP), Alastair Ross, diz que o Reino Unido vai continuar querendo exercer um papel relevante na política externa.

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