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La Paz - Favorito das eleições presidenciais de domingo, o presidente boliviano, Evo Morales, disse ontem que deverá promover uma reforma judicial se for reeleito, o que permitiria prender os dois nomes da principal chapa de oposição, os direitista Manfred Reyes Villas, candidato a presidente, e seu candidato a vice, Leopoldo Fernandez, que já está detido.

"Vamos mudar a lei e os dois serão presos", declarou o presidente socialista, referindo-se a Reyes Villa, que está sen­­do investigado por sua gestão como governador do De­­par­­­tamento de Cochabamba (centro) e a seu companheiro de chapa, Fernandez, em de­­tenção provisória há um ano.

Massacre

Governador do Departa­­men­­to de Pando (norte), Fer­­nan­­dez foi detido em setembro de 2008 por seu suposto papel no massacre de 11 camponeses, em um contexto de vio­­len­­tos enfrentamentos en­­tre simpatizantes e opositores de Morales em vários Depar­­tamentos do país. Ele denunciou "perseguição política".

Morales afirmou à imprensa estrangeira que Fernandez "inventou sua candidatura pa­­ra sair da prisão" e Reyes Villa se candidatou "para não ser preso". Ele qualificou os dois de "delinquentes que roubam o dinheiro do povo". Reyes Vil­­la afirmou recentemente que o governo estava preparando sua detenção.

Ele acusou Morales de ter ordenado sua prisão no dia 9 de dezembro, alegando supostas irregularidades cometidas no comando da província de Cochabamba.

No início do mês, a Justiça o proibiu de sair do país. A decisão, decretada no início do mês pela juíza Mirtha Montaño, diz respeito às acusações contra o opositor em razão de supostas irregularidades na construção de uma estrada e uma ponte em Cochabamba durante sua gestão como governador.

Em agosto de 2008, Reyes Villa perdeu o cargo após um referendo revogatório, em que os cidadãos também se decidiram pela permanência de Mo­­rales no poder.

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