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| Foto: Daniel Mihailescu/AFP

A Grécia começou a permitir que os demandantes de asilo suscetíveis de serem enviados à Turquia em virtude do acordo UE-Ancara, quase 7,5 mil pessoas no total, saiam dos acampamentos de detenção das ilhas, afirmou nesta terça-feira (19) o órgão de coordenação da política migratória.

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A partir dos 25 dias de detenção, aqueles que solicitaram asilo, ou seja, “a esmagadora maioria” das pessoas que chegaram depois da entrada em vigor do acordo, em 20 de março, “estão autorizadas a deixar os acampamentos”, disse o porta-voz deste serviço (SOMP).

No entanto, os migrantes não podem abandonar as ilhas e devem seguir a disposição das autoridades, disse.

Esta medida permitirá aliviar os centros de detenção, incluindo o de Moria, em Lesbos, que o papa Francisco visitou no sábado e cujas condições de vida foram classificadas de indignas pelas ONGs.Cerca de 3 mil pessoas permanecem presas neste acampamento.

No entanto, os migrantes continuam correndo o risco de enviados à Turquia se seu pedido de asilo na Grécia for rejeitado após um procedimento acelerado de 15 dias.

Graças à chegada de uma centena de especialistas europeus em asilo, um quarto dos reforços prometidos pela União Europeia, os serviços gregos começaram a examinar na semana passada várias centenas de pedidos, segundo o SOMP.

Os próximos retornos obrigatórios à Turquia serão realizados “quando tiver sido identificado um número suficiente de pessoas que não tenham solicitado o asilo ou cujas demandas tenham sido rejeitadas”, disse.

Diante dos atrasos no processo, Atenas previu uma pausa na operação de retornos, que começou na semana de 4 de abril com a expulsão de 325 pessoas, sobretudo paquistaneses, oficialmente não solicitantes de asilo.

A diminuição do número de chegadas a partir da Turquia desde que entrou em vigor o acordo UE-Ancara, que pretende bloquear a rota pelo mar Egeu, também ficou confirmada com a chegada de 100 migrantes diários, um décimo das chegadas que eram registradas neste verão.

Ainda assim, este ritmo “faz com que existam mais de 3 mil ao mês”, razão pela qual a situação “pode se tornar difícil” de ser controlada para a Grécia “se o plano europeu de repartição na UE dos refugiados que chegaram antes de 20 de março não se acelerar”, ressaltou o organismo.

Um total de 50 mil pessoas, das quais ao menos a metade pode optar por ser realocada em um país da UE, seguem bloqueadas na Grécia desde que a rota dos Bálcãs foi fechada, no fim de fevereiro. Mais de 10 mil permanecem a própria sorte em Idomeni, na fronteira com a Macedônia.

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