Rebeldes sírios aceitam trégua, mas vão responder a ataques
Da AFP
O principal grupo rebelde sírio, o Exército Livre da Síria (FSA), aceitou, assim como o exército do país, suspender temporariamente as operações militares a partir da manhã de sexta-feira (26), mas irá responder a ataques, informou um alto comandante.
"Vamos respeitar o cessar-fogo a partir de amanhã de manhã se o exército sírio fizer o mesmo", disse o General Mustafa al-Sheikh por telefone da Turquia. "Mas se eles dispararem um único tiro, vamos responder com 100. Então nós nos reservamos o direito de responder".
O regime sírio anunciou nesta quinta-feira (25) uma trégua em suas operações militares durante os quatro dias da festividade muçulmana do Eid al-Adha, mas se reservou o direito de "responder" em caso de ataques dos grupos rebeldes.
Em comunicado anunciado na televisão síria, o Comando Geral das Forças Armadas disse que vai agir se os "terroristas", como o regime chama os rebeldes, "atacarem, fortalecerem suas posições ou receberem armas ou pessoas de dentro ou fora do país".
O Exército sírio se comprometeu a proteger os civis e as propriedades públicas e privadas de qualquer agressão, incluindo o uso de carros-bomba e outros artefatos explosivos.
Além disso, se declarou contra que os grupos armados "fortaleçam suas posições pelo anúncio da trégua ou obtenham provisões", seja em forma de pessoal ou munição.
As Forças Armadas acrescentaram que também agirão se "os países vizinhos facilitarem a entrada de terroristas em território sírio, o que representa a violação de seu compromisso internacional de luta contra o terrorismo".
Segundo o comunicado, este cessar-fogo condicionado entrará em vigor a partir desta sexta-feira (26), até a próxima segunda-feira (29), enquanto durar a chamada Festa do Sacrifício.
O enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, tinha proposto uma trégua entre o regime de Damasco e os rebeldes durante a festa, em uma nova tentativa de pôr fim à crise que explodiu em março de 2011 e causou pelo menos 25 mil mortos, segundo números da ONU.
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