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Painel de 2009 critica bloqueio americano. | ar/mm/STR
Painel de 2009 critica bloqueio americano.| Foto: ar/mm/STR

Existem aspectos emblemáticos de Cuba que indicam o sucesso do regime castrista para simpatizantes e ou­­tras características que representam o fracasso para opositores.

As conquistas de Fidel na educação e na saúde são reconhecidas internacionalmente. Em 1959, quando foi feita a revolução, os índices de analfabetismo do país chegavam a 30% e, hoje, é menos de 2%. Na área da saúde, diante do pouco acesso a produtos importados para tratamentos, o país in­­vestiu em pesquisa e prevenção, erradicou diversas doenças e passou a importar vacinas e medicamentos.

Mas isso não im­­pediu os cubanos de quererem fu­­gir do país, como ocorreu em 1980, com a Fuga de Mariel, em que mais de 125 mil pessoas viajaram do porto de Mariel para os Estados Unidos. Entre os pontos fracos do regime estiveram o racionamento constante de produtos básicos, como alimentos e itens de higiene. Ainda as­­sim, o argumento pró-Fidel diz que essa situação foi resultado dos anos de embargo econômico dos EUA.

Após o fim da União Soviética, em 1991, o país entrou no que é chamado pelo governo de “período especial”, uma crise econômica e de abastecimento causada pela falta de apoio do seu principal provedor internacional.

O número de balseiros – pessoas que fogem do país em embarcações caseiras – aumentou e, em 1994, 34 mil pessoas partiram para os EUA.

Porém, a pedra no sapato do regime, o principal motivo para críticas, é a falta de liberdade de expressão. Em 2003, 75 intelectuais e jornalistas foram presos, acusados de serem dissidentes do regime de Fidel.

Em 2001, quando esteve em Cuba novamente, 25 anos após a visita que resultou no livro A Ilha, o escritor Fernando Morais analisou a situação do país em um novo prefácio para a obra. “Os cubanos que nasceram nos últimos 40 anos não sabem o que é fome, desemprego, analfabetismo, preço de consulta médica ou internamento hospitalar. Um in­­discutível prodígio da Revolução Cubana. [...] Ocorre que os que já nasceram com essas conquistas asseguradas agora querem mais”, escreveu Morais.

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