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O chanceler do Reino Unido, James Cleverly.
O chanceler do Reino Unido, James Cleverly.| Foto: EFE/ Rafael Arancibia

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, condenou nesta segunda-feira (3) as tentativas da China de intimidar e silenciar os exilados honcongueses. A atitude ocorreu depois que a polícia de Hong Kong decidiu oferecer mais de 100 mil euros a quem fornecesse informações sobre oito ativistas que estão no exterior.

"O Reino Unido sempre defenderá o direito universal à liberdade de expressão e apoiará aqueles que são visados", disse Cleverly em um comunicado.

O ministro destacou sua oposição à Lei de Segurança Nacional que "a China impôs a Hong Kong, incluindo o seu alcance extraterritorial", e assegurou que a sua aplicação viola a Declaração Conjunta Sino-Britânica, à qual o Reino Unido renunciou em 1984 para controle de sua última colônia asiática.

Hong Kong procura oito ex-advogados e ativistas que agora vivem em países como Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. Eles estão sendo investigados pela polícia local por casos de "conluio com forças estrangeiras" ou "incitação à secessão e subversão", de acordo com o jornal "South China Morning Post".

Entre eles, aparece na lista o ativista pró-democracia Nathan Law, que deixou Hong Kong em julho de 2020 e agora está no Reino Unido.

Em 2020, Londres suspendeu seu acordo de extradição com Hong Kong, em resposta à aprovação da Lei de Segurança Nacional, e em março de 2021 declarou que a China estava em "violação contínua" da Declaração Sino-Britânica.

Nesse mesmo ano, o governo britânico anunciou um novo tipo de visto, aberto a quase três milhões de honcongueses e suas famílias, para morar e trabalhar no Reino Unido, que havia sido utilizado por 166.420 pessoas até março deste ano, segundo dados do Ministério do Interior.

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