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O Reino Unido negou nesta segunda-feira (10) que tenha utilizado ilegalmente informações sobre cidadãos britânicos obtidas pelo serviço de inteligência dos EUA. Em discurso ao Parlamento, o chanceler britânico, William Hague, afirmou que as acusações são infundadas e que qualquer dado enviado ao governo obedece às normas de controle do Reino Unido acima de tudo. No entanto, Hague não divulgou detalhes sobre operações entre as agências dos dois países e não confirmou que o governo tenha recebido registros dos americanos.

"Essa acusação é infundada. Qualquer informação obtida por nós dos Estados Unidos e que envolva cidadãos do Reino Unido é submetida às salvaguardas e ao controle apropriado do Reino Unido", assegurou Hague. "Temos um dos mais fortes sistemas de controle, equilíbrio e responsabilidade democrática de serviços de inteligência pelo mundo", afirmou.

Os legisladores britânicos exigiram explicações do governo depois que o jornal "Guardian" sugeriu que os EUA poderiam ter entregue dados telefônicos e de internet ao serviço secreto do Reino Unido, em uma suposta manobra para obter os registros sem infringir diretamente a lei do país. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também comentou o assunto, reforçando que não houve nenhuma irregularidade cometida pelas agências de inteligência.

"Eu estou feliz em dizer que temos agências de inteligência que fazem um importante e fantástico trabalho para nos manter a salvo e operam dentro da lei", salientou. "Estou satisfeito com os questionamentos que faço e que continuarei fazendo para que operem de um modo adequado. Elas (as agências) também trabalham de uma forma em que estão abertas ao controle do Comitê de Inteligência e Segurança do Parlamento", acrescentou.

Apesar das explicações, Cameron e Hague não confirmaram ou negam rumores de que o governo recebeu informações do polêmico programa americano Prism, que teria obtido dados de internet sobre estrangeiros de diversos países, de acordo com denúncias. A polêmica levantou temores sobre um vasto sistema de vigilância que se estenderia por todo o mundo, obtendo e-mails, dados eletrônicos e comunicações telefônicas. No entanto, autoridades negam que os programas tenham tal abrangência.

Hague prometeu que o Comitê de Inteligência e Segurança do Parlamento britânico irá receber um relatório completo sobre o Prism no Reino Unido, acrescentando que os legisladores já estão a par de algumas informações. Nesta segunda-feira, os membros da comissão estão em Washington para encontros com autoridades e legisladores americanos da comunidade da inteligência dos EUA.

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