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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

WWF pede "ação global" pelo Pólo Sul

Londres – O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) pediu na terça-feira uma ação global para salvar a última grande terra virgem do planeta, a Antártida, das ameaças que pairam sobre seus frágeis ecossistemas. A organização reuniu num ato em Londres diplomatas, ambientalistas e cientistas.

O objetivo é conquistar apoio para a identificação e declaração de uma rede de áreas marinhas protegidas para salvaguardar a vasta região e as espécies animais que a habitam, como focas, pingüins e baleias.

Durante os últimos 50 anos, a Península Antártica tem experimentado as conseqüências da mudança climática, sofrendo em algumas áreas um aquecimento de até de três graus centígrados, cinco vezes mais que a média mundial. A alta das temperaturas causa um impacto sobre a fauna e a flora da Antártida, já sob pressão da pesca e da propagação invasiva de animais não nativos, como ratos, ratos e coelhos, destaca o WWF.

Os cientistas, segundo a organização, já detectaram uma queda nas populações de pingüins Adelie devido a uma redução na extensão da superfície gelada marinha.

Londres – O Reino Unido se prepara para reivindicar nas Nações Unidas o controle sobre mais de 1 milhão de km2 no fundo do mar da Antártida, região supostamente rica em reservas de petróleo e gás.

A informação, da Chancelaria britânica, lista o Reino Unido entre os países participantes da corrida para garantir novas fontes de energia. A Rússia é um dos mais ativos na disputa, com sua reivindicação por um território no entorno do pólo Norte, no Oceano Ártico.

A intenção do Reino Unido é apresentar o pedido até 2009, prazo-limite perante a ONU. O objetivo é que a instância reconheça o direito britânico de explorar petróleo, gás e minerais em uma área com raio de cerca de 640 km ao redor da chamada "Antártida britânica’’ – triângulo de terra que começa no pólo Sul e que o país europeu reivindica desde 1908.

A proposta contraria o Tratado da Antártida, de 1959, do qual os britânicos são signatários. Assinado durante a Guerra Fria, o acordo congelou a disputa na região. Além do Reino Unido, Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega e Nova Zelândia concordaram em suspender as suas reivindicações territoriais, abrindo o continente à exploração científica.

A ambição britânica desafia ainda o protocolo ambiental, uma subregulamentação do Tratado da Antártida, assinado em 1991. Por ele, a região é declarada "reserva natural, destinada à paz e à ciência’’. O protocolo proíbe exploração de recursos minerais – exceto para fins científicos – até 2048.

Para o porta-voz do Greenpeace Charlie Kronick, o projeto é de uma "irresponsabilidade colossal’’, por priorizar a busca pela segurança energética, e não a a climática.

Pouco se sabe sobre o impacto ambiental potencial em explorar recursos em enormes profundidades – ainda não há tecnologia viável. Além disso, os pólos são visto como áreas de controle das mudanças causadas pelo aquecimento global.

Argentina e Chile

O pedido britânico deve irritar os demais signatários do tratado, especialmente Argentina e Chile. Parte da chamada "Antártida britânica’’ também é reivindicada pelos dois países sul-americanos.

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