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Armadas expostas em relatório divulgado pela ARES. | Reprodução/ARES 2016
Armadas expostas em relatório divulgado pela ARES.| Foto: Reprodução/ARES 2016

Armas pesadas podem estar a apenas alguns cliques de distância no Facebook. Negociações de materiais bélicos através da rede social têm crescido no Oriente Médio e no Norte da África. Dentre os equipamentos comercializados se encontram pistolas, granadas, metralhadoras pesadas e até mesmo mísseis guiados. As informações são de um estudo realizado pelo projeto Small Arms Survey’s Security Assessment in North Africa (SANA), em parceria com a consultora Armament Research Services (ARES).

De acordo com o relatório, grandes e importantes centros urbanos da Líbia concentram as áreas mais ativas do comércio ilícito on-line, que viola proibição do Facebook sobre as vendas privadas de armas. A maioria dos vendedores possui entre 20 e 30 anos, e os participantes mais frequentes são suspeitos de terem ligações com grupos terroristas.

Evidências sugerem que as aquisições estão relacionadas com as necessidades de grupos armados não-estatais da Líbia. Por outro lado, armas indesejadas, inutilizáveis, ou obsoletos pertencentes aos grupos são colocadas à venda.

Na Líbia, das 76 armas cuja origem pôde ser identificada, 73% vieram da antiga União Soviética e da Rússia. Já na Síria, por exemplo, as armas são idênticas às fornecidas pelos Estados Unidos para rebeldes locais, segundo reportagem do New York Times.

Quadro crescente

Em entrevista ao New York Times, Nic R. Jenzen-Jones, diretor do ARES e autor do relatório, disse que são documentados 250 a 300 posts por mês sobre a venda de armas, somente na Líbia. Os dados de grupos no Facebook em todo o Oriente Médio reúnem cerca de 6.000 negociações documentadas, mas que é provável que o esquema seja muito maior do que isso.

O estudo conclui que mercados ílicitos online ainda estão em seu início na região do Oriente Médio e Norte da África, e podem se desenvolver em sofisticação técnica, variedade e volume. O projeto conclui que estudos avançados são necessários para frear as negociações.

*Colaborou: Cecília Tümler

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