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Licença de petroleira cancelada

Em represália por Chevron, Venezuela diz ao governo Trump que não receberá deportados

Reportagem do WSJ apontou que ditadura de Nicolás Maduro fez advertência após governo Trump cancelar licença da Chevron para operar na Venezuela (Foto: EFE/Imprensa do Palácio de Miraflores)

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A Venezuela avisou ao governo presidido por Donald Trump que não aceitará seus próprios cidadãos deportados depois que os Estados Unidos encerraram a licença da Chevron para operar no país sul-americano, informou o The Wall Street Journal nesta sexta-feira (7).

O jornal, que cita fontes familiarizadas com o assunto, aponta que o acordo sobre a repatriação de venezuelanos após a reunião de janeiro do enviado de Trump, Richard Grenell, com o ditador chavista Nicolás Maduro - que não é reconhecido pelos EUA como presidente da Venezuela -, está se esgotando, e o caso da Chevron deixou a situação mais tensa.

Na terça-feira passada, o governo Trump rescindiu a licença da Chevron na Venezuela e deu à empresa um mês, até 3 de abril, para deixar o país, depois que o presidente americano criticou Maduro por não acelerar as deportações de imigrantes ilegais nos EUA tão rápido quanto ele esperava.

O Wall Street Journal observou que a advertência da Venezuela cria ainda mais obstáculos à campanha de deportação em massa de imigrantes ilegais prometida por Trump, cujo governo já teve que suspender os voos de repatriação em aeronaves militares devido ao seu alto custo.

O jornal faz alusão às divisões no governo Trump sobre sua abordagem em relação à Venezuela e acrescenta que não houve nenhuma visita de acompanhamento a Caracas nem mais voos de deportação desde 20 de fevereiro, conforme planejado, citando fontes familiarizadas com as negociações entre os dois governos.

Ao todo, 366 venezuelanos foram repatriados dos EUA para a Venezuela em três voos em fevereiro. Em 24 de fevereiro, outro voo com 242 repatriados chegou a Caracas procedente do México, incluindo mulheres e crianças.

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Conteúdo editado por: Fábio Galão

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