A ONG Iran Human Rights informou nesta quinta-feira (29) que o número de mortos pelas forças de segurança nos protestos registrados nas últimas semanas no Irã chegou a 83 – entre as vítimas, há crianças, segundo a organização sediada na Noruega.
O país vive uma onda de manifestações desde a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos da cidade curda de Saqez que morreu há duas semanas em Teerã após ser presa e agredida por policiais por “uso inadequado” do hijab, o véu islâmico. O regime iraniano restringiu a internet e vem reprimindo violentamente os protestos.
“Usar munição real contra manifestantes é um crime internacional e a comunidade internacional tem o dever de prevenir e impedir esses crimes. Seu firme apoio às demandas dos protestos, enquanto aciona mecanismos para responsabilizar a República Islâmica perante a ONU, pode ser útil na situação atual”, declarou Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da Iran Human Rights.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou na televisão estatal que “os inimigos cometeram erros de avaliação diante do Irã islâmico por 43 anos, imaginando que o Irã é um país fraco que pode ser dominado”.
No início desta semana, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, defendeu que a comunidade internacional adote sanções extras contra o Irã pela violência na repressão aos protestos motivados pela morte de Amini.
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