A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou na quarta-feira a "repressão brutal" que está ocorrendo na Síria, com mais de 10 mil pessoas presas e mais de 1,1 mil mortos nos protestos contra o governo. Apesar da constatação, os governos mostram-se divididos sobre qual caminho tomar em relação ao regime do líder sírio, Bashar Assad.
Na quarta-feira, na ONU, o Brasil condenou a violência, mas mostrou que não apoiará nenhuma ação contra o país. O Itamaraty chegou a elogiar as reformas políticas feitas pelo governo de Assad e alertou que a Síria é central na estabilidade do Oriente Médio, em um recado velado de que uma guerra em Damasco poderia significar um conflito regional. EUA e Europa pedem ações duras contra Damasco.
A ONU abriu investigações e na quarta pediu que os responsáveis pela violência sejam levados à Justiça. No entanto, a organização foi impedida por Assad de entrar na Síria. O organismo coletou informações de dissidentes e dos mais de 8 mil sírios que já deixaram o país e fugiram para a Turquia. Segundo a comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, o governo sírio teria sido responsável por "execuções sumárias, prisões em massa e tortura". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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