• Carregando...
Candidatos a presidente e vice republicanos, John McCain e Sarah Palin, posam com as famílias no aeroporto de St. Paul. Levi Johnston (2º à esquerda) e Bristol (ao seu lado esquerdo), que está grávida dele, anunciaram que se casarão | Joe Raedle/AFP
Candidatos a presidente e vice republicanos, John McCain e Sarah Palin, posam com as famílias no aeroporto de St. Paul. Levi Johnston (2º à esquerda) e Bristol (ao seu lado esquerdo), que está grávida dele, anunciaram que se casarão| Foto: Joe Raedle/AFP
  • Veja os prós e contras da governadora do Alaska Sarah Palin

St. Paul, EUA - O Partido Republicano montou uma operação de guerra para tentar conter o efeito negativo na mídia provocado pela nomeação de Sarah Palin como candidata a vice-presidente na chapa de John McCain.

O objetivo era estancar ou eliminar a percepção cada vez mais generalizada de que Palin é desqualificada para o cargo. Os republicanos também dizem querer defender a governadora do Alaska dos ataques de que foi alvo no plano pessoal, sobretudo após a revelação de que uma filha sua de 17 anos, solteira, está grávida.

A filha grávida, Bristol, apareceu ontem em St. Paul acompanhada do pai do bebê, Levi Johnston, 18. A família anunciou que os dois vão se casar.

Palin foi treinada para reagir no discurso mais importante de ontem, programado para começar às 21h30 em St. Paul (23h30 em Brasília), no qual detalharia sua biografia e suas credenciais como administradora pública. O fechamento desta edição ocorreu às 21h.

Aos 44 anos, Palin é determinada e seguiu os conselhos da cúpula republicana. Ontem, às 18h20 já vestia um tailleur sobre o palco da convenção, ensaiando para a noite.

Nervosismo

Em alguns momentos os republicanos não conseguiram esconder o nervosismo que cercava a apresentação de Palin – como na entrevista chamada às pressas pela manhã com seis mulheres republicanas.

"Não vamos aceitar (discriminação contra Sarah Palin), vamos nos ver com vocês quando vocês aprontarem com a gente", falou num tom ameaçador Renee Amore, vice-presidente dos republicanos na Pensilvânia. Alguns dos repórteres na sala de imprensa riram.

A investida das mulheres foi comandada pela poderosa Carly Fiorina, ex-executiva de grandes empresas como a Hewlett-Packard (HP) e agora à frente do comando do Comitê Nacional Republicano Vitória 2008. "O Partido Republicano não vai aceitar os ataques preconceituosos contra Sarah Palin só porque ela é mulher. As mulheres americanas também não vão aceitar", disse ela.

Fiorina mencionou o fato de Palin ter sido chamada até de "cheerleader do Oeste’’ e de ter sido dito que ela foi filiada a um partido nazista ("mentira’’).

A chefe do comitê eleitoral de McCain aproveitou para tentar agradar eleitores da democrata Hillary Clinton. "Esse tipo de preconceito aconteceu com Hillary Clinton. Não deixaremos acontecer com Sarah Palin. Eu tenho discordâncias com Hillary Clinton, mas a admiro muito. O que aconteceu com ela foi sexismo", disse Fiorina.

A operação republicana de controle de danos foi clássica: todos os assessores com algum peso político começaram a se oferecer nos corredores para entrevistas. Ao longo do dia, as tevês foram inundadas por republicanos defendendo Palin.

"Chegaram a propagar rumores absurdos, como o de que o bebê de Sarah Palin era na realidade de sua filha. Isso ocorre porque os jornalistas em Washington não gostam de quem não conhecem", disse o republicano Otto Reich, ex-embaixador na Venezuela.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]