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Quito – Após uma década de instabilidade política no país, os equatorianos votaram ontem entre o esquerdista Rafael Correa – amigo do líder venezuelano Hugo Chávez – e o empresário conservador Alvaro Noboa, aliado dos Estados Unidos.

A votação que escolherá o novo presidente equatoriano começou às 12 horas (10 horas em Brasília), com Correa, de 43 anos, liderando as últimas pesquisas com entre sete e dez pontos de vantagem sobre Noboa.

Correa, que votou no norte de Quito, advertiu para "sérios riscos de irregularidades" nesta eleição. "Se houver fraude e aceitarmos o resultado seremos cúmplices da corrupção", advertiu o candidato do movimento Alianza País.

Já Noboa, sempre com a Bíblia na mão, afirmou ser alvo de uma "guerra suja do Diabo", ao impedir que a imprensa o filmasse votando em Guayaquil. O candidato de 56 anos, é do Partido Renovador Institucional Ação Nacional (Prian), e venceu o primeiro turno com 26,8% dos votos, contra 22,8% para Correa, contrariando as pesquisas na ocasião.

Correa, seu adversário, disse ontem que só reconhecerá sua derrota se houver transparência nas eleições, e comemorou a saída do chefe dos observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), o ex-chanceler argentino Rafael Bielsa, a quem acusou de "parcial" e de ter encoberto irregularidades no primeiro turno, em 15 de outubro.

Para observar as eleições no lugar de Bielsa – que viajou a Washington a pedido da Secretária-geral da OEA – foi chamado o ex-senador chileno José Antonio Viera Gallo. O porta-voz da missão assegurou que o processo eleitoral se desenvolveu com normalidade e reiterou seu pedido à população para que espere com calma os resultados oficiais.

Seu pronunciamento ocorreu pouco depois de os dois candidatos à Presidência do Equador previrem cada um sua vitória e pedirem à população que não acredite em pesquisas de boca-de-urna que contradizem seus prognósticos.

Segundo Viera Gallo, o TSE deve começar a emitir resultados oficiais parciais a partir das 9 horas (0 hora em Brasília), quatro horas após o fechamento das sessões. A votação será encerrada às 22 horas (20 horas Brasília). A apuração oficial só deverá ser concluída na próxima quarta-feira, mas a publicação das pesquisas de boca-de-urna foi autorizada.

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