• Carregando...

Amona, Cisjordânia (EFE) – Forças policiais israelenses desalojaram e demoliram nove casas construídas irregularmente no assentamento judaico de Amona, ao noroeste da cidade de Ramalah, na Cisjordânia, em uma batalha campal na qual mais de 250 pessoas ficaram feridas. O enclave judaico, localizado em uma colina de difícil acesso, transformou-se em palco de confrontos sem precedentes entre milhares de colonos e simpatizantes da extrema direita israelense e as forças de segurança de Israel. Tudo sob um sol implacável.

Entre os feridos há 80 membros das forças de segurança israelenses e os deputados ultradireitistas Efi Eitam e Arieh Eldad, que foram a Amona para apoiar os colonos. Um policial sofreu ferimentos de extrema gravidade na cabeça devido ao impacto de um bloco de cimento atirado pelos manifestantes.

Na operação participaram cerca de 5 mil policiais e militares. O desmantelamento das nove casas foi autorizado ontem pelo Supremo israelense. O enfrentamento durou três horas e meia. Os agentes israelenses não usaram armas de fogo. Entrincheirados dentro e nos telhados das casas, os manifestantes lançaram contra os agentes excrementos, tinta, água e azeite, ovos, blocos de pedra e esquadrias de janelas e portas. Como já ocorrera na retirada das colônias da Faixa de Gaza, realizada em setembro, os colonos chamaram os agentes de "assassinos", "nazistas", "ditadores", e gritaram palavras de ordem como "Um judeu não expulsa outro judeu", enquanto um violonista anônimo os encorajava a resistir tocando em uma das partes do enclave que não será demolida.

Ehud Olmert, primeiro-ministro interino de Israel, "quer que aconteça uma guerra civil", dizia um dos cartazes colocados pelos colonos em uma das casas demolidas ontem.

Em referência ao ocorrido ontem em Amona, Olmert afirmou que "o comportamento daqueles que se opuseram às forças de segurança só pode ser classificado de violento. É uma atitude intolerável no Estado de Israel".

Após a desocupação de quatro assentamentos judaicos do norte da Cisjordânia, em agosto, a demolição de ontem é a primeira de estruturas fixas em uma colônia judaica, agora ordenada por Ehud Olmert.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]