Durham, EUA - Um novo estudo com 3 mil pessoas coloca em xeque os benefícios da cirurgia minimamente invasiva para a retirada da veia safena, usada na revascularização do miocárdio (ponte de safena). Há duas semanas, a eficácia das cirurgias robóticas para câncer de próstata também foi questionada.
Nos dois casos, a principal justificativa dos médicos para explicar os resultados negativos dos trabalhos é uma possível falta de experiência dos cirurgiões com as novas técnicas.
Pesquisadores da Duke University (EUA) compararam os desfechos clínicos de duas técnicas de remoção da safena (endoscópica e aberta) e concluíram que a menos invasiva (endoscópica) traz mais riscos de morte ou de um novo infarto.
Pela via tradicional, a veia é retirada por um longo corte na perna. Pela via endoscópia, são feitas duas pequenas incisões (na coxa e perto do joelho), e a veia é "puxada.
Desde 2005, a Sociedade Internacional de Cirurgia Cardiotoráxica Minimamente Invasiva recomenda a endoscopia como técnica de escolha por reduzir a chance de infecção e o tempo de internação.
No entanto, grande parte dos estudos analisados para o consenso envolveu um período curto de acompanhamento (de um a seis meses). A pesquisa da Duke seguiu os pacientes de 107 centros durante três anos.
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