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Viena (AE/AP) – A crise sobre a questão nuclear iraniana se intensificou ontem com a decisão da França, Grã-Bretanha e Alemanha de pedir uma reunião de emergência da cúpula da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), nos dias 2 e 3, para votação sobre o envio do caso ao Conselho de Segurança (CS) da ONU. Caberia ao CS decidir se aplica sanções contra o Irã por ter retomado na semana passada suas pesquisas para enriquecimento de urânio, rompendo um acordo firmado em 2004 para congelar essa atividade nuclear.

A decisão de pedir a reunião de emergência foi tomada em um dia de negociações em Londres entre diplomatas da França, Grã-Bretanha, EUA, Rússia e China – países com poder de veto no CS –, mais a Alemanha. Todas as seis nações concordaram em que o Irã tem de suspender suas atividades nucleares, já que a direção da AIEA afirma não ter como confirmar se seu programa nuclear tem fins pacíficos, como sustenta o governo iraniano. "Cabe ao Irã o ônus de agir para dar à comunidade internacional confiança que seu programa nuclear tem propósitos exclusivamente pacíficos", declarou o chanceler britânico, Jack Straw.

Os EUA e seus aliados europeus não conseguiram convencer a Rússia e a China sobre o envio de uma resolução ao CS, com ameaça de sanções ao Irã. Russos e chineses mantêm boas relações comerciais com Teerã e se mostram relutantes em ir além da pressão diplomática. Enquanto prosseguia o encontro em Londres, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou em Moscou que a questão deveria ser resolvida "sem passos abruptos nem equivocados".

Como membro da AIEA e signatário do Tratado de Não-proliferação Nuclear, o Irã tem direito de enriquecer urânio para uso pacífico em usinas nucleares, que o país alega terem como objetivo a produção de energia elétrica.O Ocidente, no entanto, teme a produção de bombas nucleares.

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