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Setor agropecuário

Reunião do governo argentino com ruralistas termina sem avanços

Presidente de Confederações Rurais convocou todos os produtores para uma grande manifestação. Temas centrais como a seca e as "retenciones" não tiveram avanços

O governo argentino e os representantes das quatro principais entidades rurais, denominadas Mesa de Enlace, não chegaram a um acordo sobre as reivindicações centrais do setor agropecuário, segundo informou em entrevista coletiva à imprensa, na noite desta terça-feira (10), o presidente da Federação Agrária Argentina, Eduardo Buzzi. "Não houve avanços nos temas centrais que são a seca e as 'retenciones' (retenções, impostos cobrados pelas exportações)", disse Buzzi, afirmando que "apesar do esforço dos ministros, estamos igual ou, talvez, pior". Na próxima terça-feira (10), o grupo de ruralistas se reunirá novamente com os ministros do Interior, Florencio Randazzo, e da Produção, Débora Giorgi, e o secretário de Agricultura, Carlos Cheppi.

Antes disso, o presidente de Confederações Rurais, Mario Llambias, convocou todos os produtores para uma grande manifestação na cidade de Córdoba nesta quinta-feira. A data marca o aniversário de um ano do início do conflito entre o setor agropecuário e o governo. "Um ano sem resolver os problemas do setor que representa 34% dos empregos do país", disse Llambias. O setor pede o fim das 'retenciones', a liberação das exportações de carne bovina e incentivos para os produtores. Segundo ele, a própria presidente Cristina Kirchner disse que a arrecadação do Estado com as exportações de trigo representavam US$ 180 milhões, mas nesse ano, essa cifra cairá por causa da seca e da falta de incentivos para o produtor.

"Pela ganância do governo de querer arrecadar mais, vai acabar arrecadando menos porque em um cálculo inicial, o trigo vai render US$ 90 milhões de arrecadação para o governo nesse ano", disparou Llambia. Buzzi, por sua vez, informou que a Mesa de Enlace reiterou ao governo o pedido da eliminação das "retenciones" para o milho, trigo, girassol e linho. "Não pedimos de soja porque a presidente nos disse que as retenciones de soja não se tocam, mas essa é uma bandeira que não vamos baixar", afirmou Buzzi.

Os ministros darão uma resposta sobre esse pedido na reunião da semana que vem.

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