Reunião do Grupo de Ação para a Síria começa sem consenso

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A reunião ministerial do Grupo de Ação para a Síria, do qual participam Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido, entre outros países, começou neste sábado em Genebra com duas horas de atraso, após várias reuniões bilaterais para superar as diferenças sobre como resolver o conflito sírio.

Os encontros prévios ao início do encontro, convocado pelo enviado especial da ONU e a Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, não estavam previstos na agenda inicial, mas tiveram que ser realizados diante da falta de acordo sobre os pontos essenciais da declaração da cúpula.

Apesar das discussões, os países do grupo não chegaram a um consenso sobre o documento. O principal obstáculo são os diferentes enfoques entre EUA, França e o Reino Unido, por um lado, e Rússia e China, do outro, sobre como deter a violência na Síria.

Além dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, participam da reunião o Catar, Iraque, Kuwait, a alta representante para a Política Externa da União Europeia e o secretário-geral da ONU.

Em sua chegada à sede da ONU em Genebra, alguns participantes do encontro disseram que o desafio agora é chegar a um ponto aceitável para todos, mas que constitua um passo real em direção ao fim da violência na Síria.

O delegado russo que participou da reunião de véspera revelou por meio de seu Twitter que as discussões tinham fracassado e reiterou que seu país não aceitará imposições internacionais sobre a maneira de solucionar a crise síria, em particular em relação à saída do presidente Bashar al Assad como condição para uma transição.

A Rússia, e de maneira mais moderada a China, rejeitam essa opção. Os dois países são contra trazer esta questão para o Conselho de Segurança e eventualmente legitimar por meio de uma resolução a aplicação de sanções, incluída uma intervenção militar. Além disso, não aceitam um embargo total de comercialização de armas para a Síria. EFE