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Policiais franceses em frente ao escritório da revista humorística francesa Charlie Hebdo, em Paris | Benoit Tessier/Reuters
Policiais franceses em frente ao escritório da revista humorística francesa Charlie Hebdo, em Paris| Foto: Benoit Tessier/Reuters

A sede da revista satírica francesa Charlie Hebdo foi atacada nesta quarta-feira (2), e seu editor disse que havia sido uma bomba, após a publicação de uma imagem do profeta Maomé na capa da publicação. A edição desta semana mostra um desenho de Maomé e um balão com as palavras: "Cem chicotadas se você não morrer de rir". O título é uma referência à lei sharia muçulmana, e afirma também que o profeta é o editor convidado da publicação. O site da Charlie Hebdo na internet parecia ter sido atacado, e mostrava imagens de uma mesquita com a mensagem "Nenhum Deus além de Alá". Muitos muçulmanos acreditam que qualquer representação de Maomé é ofensiva. Desenhos dinamarqueses em 2005 despertaram protestos no mundo muçulmano e pelo menos 50 pessoas morreram. Protestos em abril contra um pastor norte-americano que queimou o Alcorão levou a conflitos no Afeganistão, onde várias pessoas morreram. Uma fonte policial chegou a atribuir o incêndio no escritório da revista a uma bomba, e disse que o ataque aconteceu por volta de 1h no horário local, acrescentando que ninguém se feriu. "O prédio ainda está de pé. O problema é que não há mais nada lá dentro", disse o editor da revista, Stephane Charbonnier, à rádio Europe 1. A revista havia recebido diversos e-mails com ameaças e insultos nos últimos dias, disse Charbonnier. "Está claro que é impossível montar uma publicação nessas condições. Para a próxima semana nós devemos encontrar escritórios em outros lugares", disse o editor. "Em todo caso, não há dúvida de que não faremos concessões aos islamistas. Nós vamos continuar."

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