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A revista "Science", uma das mais renomadas publicações científicas do mundo, vai se retratar publicamente por ter publicado o estudo sul-coreano sobre clonagem para obtenção de células-tronco embrionárias que investigações estão mostrando ser fraudulento. No artigo, os cientistas diziam ter cumprido uma das promessas da clonagem terapêutica: a de fabricar células capazes de se transformar em tecidos e órgãos compatíveis para pessoas que sofrem de doenças hoje incuráveis, como o mal de Alzheimer e a diabetes.

"Não há dúvida em nossas mentes de que o estudo publicado em 19 de maio de 2005 na revista 'Science' precisa ser retirado, e estamos agindo rapidamente, mas adequadamente, nesta direção", disse, num comunicado por escrito, o editor-chefe Donald Kennedy.

No artigo, o pesquisador sul-coreano Woo Suk Hwang e sua equipe relataram a produção de linhagens de células-tronco embrionárias a partir de clonagem de células de pessoas doentes. Na quinta-feira, um grupo de investigadores anunciou não ter achado provas de que os pesquisadores tenham realizado o que disseram. A conclusão do inquérito foi um dos desdobramentos mais importantes da crise desencadeada quando colaboradores de Hwang, antes um herói em seu país, começassem a relatar o que julgavam ser irregularidades na pesquisa.

A "Science", que também publicara, em fevereiro de 2004, um estudo pioneiro de Hwang que teria produzido as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias a partir de clonagem, informou que está discutindo com os autores do artigo os termos da retratação e a obtenção das assinaturas necessárias para sua publicação. O estudo de 2004 está sendo reavaliado, e a apresentação do primeiro clone de um cão, neste ano, outro feito da equipe sul-coreana, também está sob investigação.

A revista sustenta que precisa adotar uma série de medidas para garantir que o trabalho seja anulado de maneira correta e que isso não pode ser feito apenas com base em relatos da imprensa. A revista guarda dados da Universidade Nacional de Seul.

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