O número de mortos chegou a 22 na mais recente revolta feita por prisioneiros armados nas cadeias violentas e superlotadas da Venezuela, disse o governo na quinta-feira.
O governo do presidente Hugo Chávez anunciou nesta semana um novo ministro das Prisões para tentar controlar o caos dentro das cadeias, onde detentos traficam drogas, andam armados e controlam o crime via telefones, além de dominar blocos inteiros nas penitenciárias.
'Nós reconhecemos que muito trabalho é necessário e nós lamentamos este incidente', disse o ministro do Interior, Tareck El Aissami.
Ao todo, 21 prisioneiros e um visitante morreram durante troca de tiros no fim de semana entre gangues que controlam dois blocos da prisão Rodeo I, na cidade de Guarenas, fora de Caracas, disse El Aissami.
A mídia e os familiares dos detentos dizem que o número real de mortos é muito maior, possivelmente o dobro disso, com os corpos ainda espalhados pelas cadeias.
'Há razões para se suspeitar de mais mortes', disse Humberto Prado, membro do Observatório Prisional Venezuelano, organização não governamental que analisa a violência nas prisões.
Grupos de direitos humanos dizem que Rodeo foi construída para 750 pessoas, mas agora tem 3.600. Em nível nacional, os 49 mil detentos venezuelanos vivem em um espaço criado para suportar 13 mil.
-
Congresso impõe derrotas ao governo, dá recado ao STF e reafirma sua autonomia
-
Humilhação e traições: derrota histórica de Lula no Congresso; acompanhe o Sem Rodeios
-
Governo Lula tem pior nível de aprovação desde o início do mandato, aponta pesquisa
-
Leis canadenses querem silenciar oposição ao governo Trudeau; assista ao Pensando Bem
Deixe sua opinião