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A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, instou o Paquistão nesta quarta-feira a cooperar "de forma completa e transparente" nas investigações sobre os ataques em Mumbai, que deterioraram as relações entre Índia e Paquistão.

"Este é o momento para todos cooperarem e fazê-lo de forma transparente, especialmente o Paquistão", disse Rice em uma coletiva de imprensa em Nova Délhi.

A Índia disse que a maioria, senão todos os dez militantes que aterrorizaram sua capital financeira e mataram 171 pessoas eram paquistaneses, incluindo o único sobrevivente.

O país ameaçou suspender um acordo de paz de quase cinco anos com seu rival nuclear se o Paquistão não agir rapidamente contra os responsáveis.

Rice abreviou uma visita à Europa e voou para a Índia no momento em que as tensões se acirram no sul asiático. Ela também deve visitar o Paquistão, disseram autoridades em Islamabad.

"Tenho dito que o Paquistão tem de agir com urgência e determinação e cooperar de forma total e transparente. Essa mensagem será entregue ao Paquistão", disse Rice.

O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, disse duvidar das alegações da Índia de que o terrorista sobrevivente é paquistanês.

"Não nos foi fornecida nenhuma informação concreta que mostre que ele com certeza é paquistanês. Eu duvido muito que seja", disse Zardari no programa "Larry King Live" da rede CNN, acrescentando que seu governo vai agir se receber tais provas.

Zardari ainda sinalizou que não irá aceitar uma exigência da Índia de entregar 20 de seus homens mais procurados, que Nova Délhi afirma estarem vivendo no Paquistão, afirmando que se houver evidências eles serão julgados pelo Judiciário de seu país.

"Eu não quero entrar em detalhes sobre o que o Paquistão pode ou não fazer, mas vou considerar como sério o compromisso declarado do Paquistão de ir até o fundo disso e saber se também são inimigos do Paquistão", afirmou Rice.

Rice declarou que os ataques em Mumbai têm as características da Al Qaeda.

"Quer exista um elo direto com a Al Qaeda ou não, está claro que se trata de um tipo de terrorismo do qual a Al Qaeda participa", disse ela. "Não vamos tirar conclusões precipitadas sobre quem é responsável por isto."

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