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Estados Unidos, União Europeia e Rússia deram sinais ontem de que uma resolução com sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã pode estar próxima. As potências já intensificaram as discussões sobre os próximos movimentos. A Rússia enviou seu sinal mais forte até agora de que poderia apoiar um quarto conjunto de sanções da ONU devido ao programa nuclear iraniano.

O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse à Fox News: "Eu acho que vai levar algum tempo – eu diria semanas, não meses – para ver se não podemos ter outra resolução do Conselho de Segurança da ONU", disse Gates, de acordo com a transcrição de sua entrevista.

A União Europeia (UE) também reiterou a sua disposição de tomar as "medidas necessárias" contra as provocações do Irã, disse a chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton.

Irã aprende a burlar

Analistas não creem no sucesso de uma nova rodada de sanções contra o Irã, alegando que a China usará seu poder de veto como membro permanente do Conselho de Segurança para barrar a iniciativa transatlântica, de olho em uma parceria econômica de longo prazo com o Irã e ainda como forma de contrapor o poderio americano.

Para o "think tank’’ americano Council on Foreign Relations, o Irã já aprendeu a burlar regras impostas como sanções, alimentando redes de mercado negro por todo o mundo. Em 2009, por exemplo, foi revelado um esquema para a compra de peças de aeronaves. Uma empresa de aviação holandesa admitiu ter canalizado ilegalmente peças de aviões americanas para o Irã de 2005 a 2007. Há também processos contra contrabando de peças através de Colômbia, Malásia, Cingapura, Irlanda e Hong Kong. Outro problema é que muitas vezes restrições têm maior probabilidade de fazer aumentar os preços de produtos estrangeiros proibidos do que impedir que eles cheguem ao Irã. E sanções financeiras também foram burladas. Em janeiro de 2009, o banco Lloyds TSB (Londres) pagou US$ 350 milhões em multas após ocultar o envolvimento de entidades de países que incluem o Irã em transferências com bancos dos EUA, durante 12 anos.

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