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O nível do Rio Amazonas na selva peruana, que atingiu sua marca mais baixa dos últimos 40 anos, continuará descendo nas próximas semanas por uma escassez de chuva, informou nesta sexta-feira o governo. A situação deve agravar o problema de falta de alimentos na região.

A baixa no volume de água na parte peruana do maior rio do mundo -- que cruza a América do Sul e tem sua maior extensão no território brasileiro -- já afeta o movimento de embarcações, provocando escassez de alimentos na cidade de Iquitos, 800 quilômetros ao norte de Lima. Também há uma escassez de água potável, uma vez que os poços secaram.

Imagens de televisão mostraram uma embarcação encalhada e áreas de costas que antes não se viam.

"O Rio Amazonas vem enfrentando o nível mais baixo dos últimos 40 anos. Deveria estar 110,40 metros acima do nível do mar, e está sofrendo uma queda anormal de 4 metros abaixo desse nível", disse à Reuters Marco Paredes, chefe do serviço de hidrologia e meteorologia em Iquitos.

"As projeções indicam que essa situação vai continuar nas próximas duas ou três semanas... o nível das águas vai descer aproximadamente 20 ou 30 centímetros em comparação com o nível atual", acrescentou.

De acordo com o chefe da Defesa Civil na região, Robert Falcón, será realizada uma reunião na segunda-feira em que as autoridades devem declarar estado de emergência.

"Essa situação é crítica, de iminente perigo para a nossa região", disse ele à Reuters por telefone.

Os moradores da selva peruana dependem do transporte fluvial para se locomoverem e comprarem alimentos e medicamentos, por exemplo.

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