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O furacão Rita alcançou nesta quarta-feira a categoria cinco, a máxima na escala de intensidade Saffir-Simpson, com ventos de 265 quilômetros por hora, e mantém sua trajetória em direção à costa do estado do Texas.

O Centro Nacional de Furacões (CNH, na sigla em inglês), com sede em Miami, informou às 17h (horário de Brasília) sobre o aumento da intensidade dos ventos e alertou que este é un ciclone é "extremamente perigoso".

Rita tem uma grande força destruidora capaz de causar ondas gigantes, arrajar edifícios e casas e provocar graves inundações.

A Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) dos EUA anunciou nesta quarta-feira que requisitou reforços de equipes médicas, militares e especialistas em comunicação para prestar assistência às áreas que possam ser afetadas pelo Rita.

- Vamos garantir a disponibilidade de todos os recursos necessários - afirmou David Paulison, diretor interino da agência.

Paulison substitui Michael Brown, que foi demitido por má gestão da crise gerada pela passagem do furacão Katrina, que devastou em 29 de agosto passado os estados de Louisiana, Mississippi e Alabama.

Segundo Paulison, a agência tem provisões de água, gelo, comida e produtos de primeira necessidade preparadas para imediata distribuição. A Fema também solicitou helicópteros e outros tipos de apoio militar do Pentágono para fazer frente ao furacão.

Diante da iminente chegada do Rita, a cidade que recebeu o maior número de desalojados pelo furacão Katrina prepara-se agora para se tornar alvo de uma tempestade capaz de devastação equiparável. Houston, no Texas, onde vivem quatro milhões de pessoas, deu início à retirada voluntária de seus moradores em situação de maior risco e preparativos para uma ordem de partida obrigatória de todos. Com a aproximação da nova tempestade e seus ventos superiores a 220 quilômetros por hora, o presidente George W. Bush, que governou o Texas, advertiu aos americanos na rota do furacão que estejam prontos para o pior cenário.

- Rezemos para que não se trate de outra tormenta devastadora. (Mas) Devemos nos preparar para o pior - disse Bush nesta quarta-feira.

O prefeito de Houston Bill White, pediu nesta quarta-feira a moradores de áreas baixas da cidade, mais vulneráveis a enchentes, e a moradores de casas pré-fabricadas, suscetíveis aos ventos - de mais de 200 quilômetros por hora - que comecem a se retirar a partir de quinta-feira, devido à aproximação do furacão Rita. A retirada, por enquanto, é voluntária. Aos outros moradores da cidade, o prefeitou reservou um conselho: preparem-se para sair.

- Pedimos a todos os residentes da área de Houston que comecem a fazer planos de retirada - disse o prefeito, numa entrevista coletiva.

White insistiu que o furacão Rita representa uma séria ameaça para a região. Autoridades dos serviços de emergência esperam que até um milhão de pessoas deixe as áreas mais suscetíveis.

Os colégios vão fechar amanhã e sexta-feira. As empresas foram instruídas a dispensar nesses dias todo o pessoal que não seja absolutamente necessário.

Na terça-feira, as autoridades haviam iniciado a desocupação de abrigos temporários onde estavam alojadas pessoas que perderam suas casas na Louisiana durante a passagem do furacão Katrina - ou que ainda estão impedidos de retornar para suas residências. Os desalojados estão sendo levados para abrigos alternativos considerados mais seguros em caso de furacão, como um aeroporto e um terminal rodoviário.

A previsão do Centro Nacional de Furacões dos EUA é que o olho do furacão Rita toque terra perto de Galveston, no Texas, no sábado. Sessenta mil pessoas vivem na cidade, devastada por um furacão em 1900. Milhares estão partindo, sob instruções das autoridades, em ônibus especiais. Os primeiros a sair são pacientes de hospitais e internos de asilos de idosos.

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