A marcha dos indignados, que mobilizou milhares de pessoas ao redor do mundo neste sábado (15) em protesto contras medidas de austeridade adotas pelos governos para reduzir despesas, vai acabar aumentando a conta a ser paga pelos governos. Só em Roma, palco das maiores e mais violentas manifestações, os gastos com reparos de ônibus, ruas e calçadas vai custar pelo menos 1 milhão de euros (cerca de R$ 2,4 milhões), segundo cálculos do prefeito Gianni Alemanno.
Na capital italiana, vans da polícia foram incendiadas e cerca de 70 pessoas ficaram feridas, pelo menos três em estado grave. Os manifestantes - em sua maioria desempregados, estudantes e aposentados - queimaram carros, depredaram lojas e atearam fogo em um prédio, fazendo com que o telhado caísse. Alguns vandalizaram ainda os escritórios de um prédio anexo do ministério da Defesa. A polícia utilizou jatos de água e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que atirava pedras, garrafas e rojões. O prefeito de Roma chamou os manifestantes de "animais".
Em várias cidades, manifestantes planejam fazer deste domingo (16) mais um dia de protestos contra a "ganância corporativa", ainda que em menor escala das manifestações ocorridas na véspera, que reuniram dezenas de milhares de pessoas em 952 cidades de 86 países. Em Londres, Frankfurt e Amsterdã, pessoas acamparam nas ruas para dar continuidade às manifestações.
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