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"Nossa missão é clara: para nos livrarmos do Obamacare, vamos ter de substituir o presidente Obama", disse Romney na cobertura de um prédio com vista para o Congresso, em Washington | Alex Wong/Getty Images/AFP
"Nossa missão é clara: para nos livrarmos do Obamacare, vamos ter de substituir o presidente Obama", disse Romney na cobertura de um prédio com vista para o Congresso, em Washington| Foto: Alex Wong/Getty Images/AFP

A disputa em torno da reforma da saúde implantada pelo governo de Barack Obama passou na quinta-feira (28) da Suprema Corte para o ambiente eleitoral, e o pré-candidato republicano Mitt Romney disse ser a única esperança do eleitorado para revogar a impopular medida.

Por 5 votos a 4, a Suprema Corte decidiu manter a lei, conhecida como "Obamacare". A oposição republicana esperava que o programa, um dos principais marcos do mandato de Obama, fosse julgado inconstitucional.

"Nossa missão é clara: para nos livrarmos do Obamacare, vamos ter de substituir o presidente Obama", disse Romney na cobertura de um prédio com vista para o Congresso, em Washington.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada no domingo mostrou que a maioria dos norte-americanos se opõe à lei, embora apoie fortemente grande parte dos seus efeitos. Os democratas admitem que venderam mal a Lei do Atendimento Acessível, seu nome oficial, e isso já se refletiu no mau desempenho do partido governista na eleição parlamentar de 2010, após a aprovação da medida.

A decisão da Suprema Corte evita um constrangimento para Obama em ano eleitoral, mas pode inflamar o eleitorado conservador, que não se entusiasmou por Romney durante a prolongada disputa interna pela indicação republicana à Casa Branca.

A campanha de Romney recebeu mais de 1,5 milhão de dólares em doações nas horas subsequentes à decisão da Suprema Corte, segundo um assessor. Além disso, o grupo conservador Americanos pela Prosperidade pretende difundir a partir de sexta-feira anúncios televisivos contra o Obamacare em 12 Estados eleitoralmente estratégicos, ao custo de 9 milhões de dólares.

Finalmente, Romney pode se beneficiar da polêmica junto aos eleitores indecisos, entre os quais três quartos são contra o Obamacare, segundo a pesquisa Reuters/Ipsos.

"Isso é ótimo politicamente. Ruim para o país, mas ótimo politicamente", disse um assessor de Romney.

Mas ainda não está claro se esse tema pode decidir uma disputa eleitoral que até agora gira em torno de temas econômicos, deixando em segundo plano questões como a guerra do Afeganistão e o próprio Obamacare.

Romney apresenta sua oposição à medida em termos econômicos, argumentando que os aumentos tributários e novos regulamentos decorrentes da reforma afetarão a geração de empregos e agravarão a dívida pública.

"Se quisermos bons empregos e um futuro econômico brilhante, por nós e por nossos filhos, devemos substituir o Obamacare", disse ele.

Ele também repetiu a polêmica acusação de que o programa de Obama reduziria em 500 bilhões de dólares a verba do Medicare, popular programa de saúde para idosos. Grupos independentes dizem que a reforma de Obama deve reduzir o gasto governamental com o programa estatal nos próximos dez anos, mas sem afetar seus benefícios.

O ponto mais polêmico do Obamacare é a exigência de que todos os indivíduos adquiram plano de saúde, sob pena de multa. A Suprema Corte deu um novo argumento aos republicanos ao definir que isso é uma forma de imposto, e não uma obrigação.

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