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Mitt Romney, dá autógrafos a eleitores de Pascagoula, Mississippi, estado do Sul onde ele tem dificuldade para superar rivais republicanos | Dan Anderson/Reuters
Mitt Romney, dá autógrafos a eleitores de Pascagoula, Mississippi, estado do Sul onde ele tem dificuldade para superar rivais republicanos| Foto: Dan Anderson/Reuters

Arrecadação

Comitês reforçam caixa dos candidatos

A decisão Suprema Corte dos EUA, que derrubou limites de financiamento de campanha por meio dos superpacs, abriu a possibilidade de os pré-candidatos republicanos reforçarem seus caixas de campanha. O dinheiro tem sido decisivo na longa disputa para saber quem duelará com Barack Obama pela Casa Branca, em novembro.

Os superpacs são comitês independentes que endossam determinado candidato, mas legalmente não fazem parte da campanha eleitoral.

Com a liberação da Suprema Corte, não há limite de valores para doações de pessoas físicas. Corporações e empresas pode doar também.

O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney é o campeão de arrecadação do superpac. A arrecadação do comitê independente que o apoia, o Restaure Nosso Futuro, chegou a US$ 36,8 milhões em 31 de janeiro. Esse valor é mais de dez vezes superior ao arrecadado pelos comitês de Ron Paul e Rick Santorum.

Os superpacs cobrem boa parte das despesas em vídeos exibidos nas tevês americanas, a maioria deles atacando adversários. Quando os vídeos são pagos pela campanha, devem conter, ao final, a voz do candidato dizendo que aprova o que foi exibido. Quando são feitos exclusivamente pelos Superpacs, não há exigência de explicar isso ao eleitor.

Mas o grosso do dinheiro de Romney vem de seu comitê oficial, que até janeiro tinha disponível US$ 63,2 milhões.

Ao contrário dos superpacs, as doações aos comitês oficiais dos candidatos são limitadas a US$ 2,5 mil por eleição.

O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, busca avançar nas preferências do eleitorado do sul do país, uma região que já foi dura com ele e poderá de novo lhe dar as costas em breve.

O ex-governador de Massa­­chu­­setts – que participou ontem de um comício em Jackson, no Mis­­sissippi – é reconhecidamente o azarão em Mississippi e no Alaba­­ma, dois estados do sul onde os re­­publicanos votarão em primárias na terça-feira para decidir qual candidato deve disputar com o presidente democrata Barack Obama na eleição de 6 de novembro.

Até agora, Romney tem sido incapaz de avançar no coração do conservadorismo republicano. Apesar de um esforço enorme, ele foi vencido por Newt Gin­­grich na Carolina do Sul em ja­­neiro e ficou em segundo na su­­perterça, de­­pois de Gingrich, na Georgia. Para completar o fracasso, perdeu no Tennessee para o rival Rick Santo­­rum.

Nos estados do sul, ele venceu apenas na Virginia, onde o congressista do Texas Ron Paul era o único candidato além dele na cé­­dula, e na Flórida, onde sua campanha gastou mais que os rivais em propaganda.

"Entendo que seja um pouco como um joga for a de casa", disse Romney à rádio Wapi, de Bir­­min­­gham, na quinta-feira, referindo-se às suas chances no sul.

Os problemas de Romney no Sul refletem a desconfiança com relação à profundidade de seus pontos de vista conservadores. Como ex-governador de um estado com grande peso democrata, ele é visto mais como moderado.

A religião do ex-governador, mórmon, também é vista como uma questão no chamado "Cin­­turão da Bíblia".

"Acho que a religião não deve interferir na política de hoje, mas ela interfere", diz Cheryl Patton, que compareceu ao evento de Rom­­ney em Jackson e afirma gostar da experiência empresarial de Rom­­ney e de seus valores com relação à família.

Bob Hardin, que também compareceu ao evento de Jackson, acha que Romney é o melhor re­­publicano para assumir a luta contra Obama, mas acredita que a grande riqueza dele também po­­derá ser um problema.

"Infelizmente, ele leva consigo a bagagem do sucesso", que não pega bem para grande parte da população hoje em dia. Como ca­­pitalista do livre mercado, não acho que deveria, mas isso aconte­­ce", observa.

Romney lidera a corrida republicana com mais que a soma de delegados de seus concorrentes.

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